23.7.09

CONDUZINDO ENTREVISTAS

As testemunhas são nosso principal objeto de pesquisa, pois geralmente são elas que presenciam, denunciam, divulgam ou são vítimas do fenômeno ufológico. Sem seu depoimento a ufologia, a psicologia ou as Ciências Humanas, não seriam hoje o que são. Apesar de seu depoimento subjetivo, o pesquisador deve ter o critério de saber divergir depoimentos sérios de exageros que muitas vezes fazem parte da vida da testemunha. Exageros a parte, os depoimentos devem ser preferencialmente colhidos em gravadores pequenos para diminuir a inibição do depoimento. É justamente por esse fator preponderante que alguns grupos ufológicos de renome preferem ausentar-se de parafernálias tecnológicas, no caso o gravador, para não perder a autenticidade do depoimento. O problema é que a memória do pesquisador ou pesquisadores nem sempre é confiável e também apresenta subjetividade de sua parte que mesmo tentando ser neutro, não percebe sua influência. Portanto o uso do gravador, diminui os riscos subjetivos e aumenta o detalhamento da experiência, sem contar que também a emoção da testemunha pode ser registrada.

COMO PROCEDER NA ENTREVISTA

A princípio aconselha-se que a testemunha narre a história como se estivesse contando-a pela primeira vez. O pesquisador deve anotar suas dúvidas em uma prancheta enquanto observa atentamente o comportamento da testemunha. Nunca deve interferir na primeira audição. As perguntas somente devem ser realizadas após a testemunha terminar seu primeiro depoimento. Em seguida o pesquisador de posse das anotações da prancheta realiza seu interrogatório muitas vezes interrompido naturalmente pela testemunha que geralmente lembra detalhes esquecidos em seu primeiro depoimento.

OBS. IMPORTANTE: Nunca induza a testemunha acrescentando informações ao seu depoimento. Se ela não lembra de uma informação, tenha paciência e aguarde o momento certo para que ela possa lembrar-se do fato. Nesses casos uma técnica que funciona muito bem é voltar atrás alguns minutos repetindo o depoimento da testemunha, facilitando a lembrança da informação faltante.

MAIS DE UMA TESTEMUNHA

Se existe mais de uma testemunha elas devem ser advertidas para separarem-se no momento da investigação. Primeiro procure entrevistar uma de cada vez separadamente. Depois é recomendável que sejam novamente postas juntas, pois costumam corrigir-se mutualmente. Também serve para o pesquisador mais astuto notar quando uma história é real ou inventada. Outro recurso recomendado seria o de repetir a dose em outra data posteriormente. Os “exagerados” ou contadores de história costumam a cada vez que contam exagerar mais e mais suas histórias. Se os detalhes são minuciosos mas não mudam, mesmo que simples ou aborrecidos, são mais dignos de veracidade do que o contrário.

DESENHOS DE OBJETOS OU SERES FEITOS PELAS TESTEMUNHAS

Os desenhos são o principal fator preponderante em uma pesquisa de campo. Se o pesquisador tiver sorte a testemunha será um ótimo desenhista, mas advertimos que na maioria das vezes isso não ocorre. Geralmente somos nós, ou um amigo pesquisador que temos que pegar a caneta ou lápis e fazer os rabiscos. De qualquer forma é importante insistir com a testemunha que ela desenhe mesmo que com poucos traços e assine sua obra, para arquivo e comparação. Também aqui é necessário que as testemunhas desenhem ou descrevam o objeto ou criatura avistados separadamente dos demais e depois novamente um desenho em conjunto é recomendável. O pesquisador em questão sempre deve assinar ao final do trabalho seus relatórios e desenhos das testemunhas ufológicas.

NÍVEL DE CONHECIMENTO DA TESTEMUNHA

Saber o nível de instrução da testemunha é importante, mas mais ainda seria saber sobre seus conhecimentos sobre o assunto OVNI. Quanto maior seu conhecimento sobre o assunto maior as chances de invenções e comparações que podem prejudicar a seriedade da pesquisa. Nesse caso a ignorância sobre o assunto é preferivelmente aconselhável.
©2007 '' Por Elke di Barros