23.7.09

CÓDIGO DE ÉTICA DO UFÓLOGO.

Capítulo I - DOS OBJETIVOS

Art. lº - O Código de Ética do Ufólogo tem por objetivo fixar normas de conduta para os estudos, pesquisas, análises e divulgação no campo da Ufologia.

Art. 2º - Entende-se por Ufologia, o estudo, a pesquisa e a análise do aparecimento de objetos, máquinas ou luzes, no céu, na terra e nas águas, seus movimentos, reações, formas e efeitos produzidos, de origem não terráquea ou sem um fator ou processo físico, químico ou psicológico conhecidos, bem como é o estudo e a análise do comportamento e das formas de atuação sobre os seres deste planeta, por parte dos seres ou inteligências que dirigem ou mantém sob controle, aqueles objetos, máquinas ou luzes. Parágrafo único - Para fins deste artigo, compreende-se como objetos e máquinas os denominados popularmente como Disco Voador (DV), UFO (Unidentified Flying Object), Objeto Voador Não Identificado (OVNI), Objeto Submarino Não Identificado (OSNI), Nave Extraterrestre (NAVEX) e outras e quanto aos seres e inteligências que os dirigem, são denominados de ETs, Seres Extraterrestres, Alienígenas, Ufonautas, Irmãos Cósmicos e outros.



Capítulo II - DOS DEVERES E DAS RESPONSABILIDADES


Art. 3º - Os deveres e responsabilidades do Ufólogo compreendem, além das pesquisas e da divulgação ufológicas:

a) Dignificar, através de seus atos, a pesquisa ufológica tendo em vista a elevação moral ética e profissional da classe;

b) Aplicar todo o zelo e diligência , bem como seus conhecimentos, em prol da Ufologia;

c) Respeitar as leis do País, este Código de Ética, o Estatuto, o Regimento Interno e demais normas da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil - ANUB;

d) Defender os ideais da ANUB e trabalhar para o seu desenvolvimento;

e) Observar os ditames da ciência e da técnica, servindo à sociedade em geral;

f) Exercer a profissão mantendo comportamento digno e ético, dentro e fora da pesquisa e divulgação ufológicas;

g) Respeitar as idéias e as atividades de seus colegas e as de outros pesquisadores em áreas correlatas ou que sejam áreas de interesse ufológico, independente de filosofia ou linha de ação;

h) Ser leal e solidário, sem conivência com erros que venham a infringir a ética e as disposições das instituições ufológicas;

i) Atender testemunhas ufológicas e pessoas envolvidas no caso ufológico, sem qualquer discriminação em relação à raça, prestígio, autoridade, credo ou situação econômica;

j) Manter atualizados os conhecimentos profissionais e culturais, em especial no campo da Ufologia e necessários ao pleno desempenho de suas atividades ufológicas;

l) Apontar falhas nos regulamentos e nas normas de instituições ufológicas quando as julgar indignas para a pesquisa e a divulgação ufológicas ou prejudiciais às testemunhas devendo, nestes casos, encaminhar representação, devidamente documentada, à ANUB;

m) Propugnar pela harmonia na classe dos Ufólogos;

n) Guardar sigilo no desempenho de suas atividades ufológicas, quando a pesquisa assim o exigir, bem como orientar seus auxiliares principiantes, nesse sentido;

o) Não remeter informações confidenciais a pessoas ou a instituições que não estejam obrigadas a sigilo por Código de Ética ou por legislação específica;

p) Colaborar eficientemente para a divulgação da pesquisa ufológica no País e em outras nações;

q) Não ultrapassar os limites de sua compreensão, de suas atribuições e de sua competência, buscando, se for o caso, o apoio e/ou a orientação profissional de outro pesquisador ufológico;

r) Assumir a responsabilidade pelos seus atos praticados e não atribuir seus erros ou malogros a outrém, à equipe ou à instituição ufológica;

s) Cumprir e fazer cumprir este Código de Ética.


Art. 4º - CUMPRE AO UFÓLOGO


a) Preservar o respeito e a integridade de suas atividades, fundamentado na dignidade das pessoas e nas pesquisas ufológicas sob todos os aspectos;

b) Considerar que o seu comportamento irá repercutir nos juízos que se fizerem sobre a classe dos Ufólogos;

c) Manter-se atualizado sobre as pesquisas e padrões que constantemente são adotados nas atividades ufológicas, e colaborar para o aperfeiçoamento dos mesmos;

d) Inteirar-se de todas as circunstâncias possíveis do caso ufológico, antes de emitir seu parecer ou ajuizar sobre tal caso;

e) Evitar críticas e/ou denúncias contra outro pesquisador, sem dispor de elementos comprobatórios;

f) Combater as atitudes que venham a denegrir as atividades de pesquisador e divulgador da Ufologia;

g) Evitar comentários desabonadores sobre a administração do colega que vier a substituir, nas instituições ufológicas;

h) Abster-se de entendimentos tendenciosos ou de discussão com pesquisadores que adotam outras técnicas, desde que tais pesquisas ou divulgação das mesmas não atentem contra este Código de Ética; não fazer da Ufologia uma profissão de fé e muito menos torná-la cientificista, mas sim tê-la como um campo de pesquisas destinadas ao esclarecimento do público e de aprendizado para si próprio, sob todos os aspectos;

j) Sempre que possível, auxiliar outros colegas através de orientações e/ou com o fornecimento de material ufológico;

l) Prestigiar as instituições ufológicas contribuindo, sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da coletividade;

m) Cooperar com os órgãos e pessoal da área governamental envolvidos nos problemas de cunho ufológico.


Art. 5º - Todo Ufólogo tem por obrigação conhecer, além dos princípios básicos e técnicos de pesquisas na área da Ufologia, pelo menos Astronomia, Parapsicologia e Exobiologia, bem como o manuseio dos principais instrumentos, máquinas e objetos utilizados durante tais pesquisas.



Capítulo III - DAS PROIBIÇÕES


Art. 6º - Não se permite ao Ufólogo, no desempenho de suas atividades de estudo, pesquisa, análise e divulgação de casos ufológicos:

a) Praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a dignidade e o renome do pesquisador ou da Ufologia em si;

b) Indicar pesquisador sem capacidade, habilidades, habilitação ou sem experiência, para atividades ufológicas que exijam conhecimentos específicos para tais;

c) Expedir ou conceder certificados de capacitação a pessoas que não possuam as devidas qualificações exigidas para o desempenho de atividades ufológicas;

d) Assinar documentos que comprometam a dignidade da classe dos ufólogos;

e) Violar o sigilo, que tenha sido exigido, do estudo e de pesquisas em andamento;

f) Valer-se de influência política ou de qualquer outra natureza, em benefício próprio, quando comprometer o direito do colega ou da classe ufológica;

g) Deixar de comunicar infrações éticas de seu conhecimento, na área da Ufologia;

h) Deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo explícito ou implícito em documentos, obras de cunho ufológico e outros, com o intuito de iludir a boa fé de outrém;

i) Fazer comentários difamatórios sobre a classe de Ufólogo ou sobre as instituições ufológicas ou afins.



Capítulo IV - DAS INSTITUIÇÕES UFOLÓGICAS


Art. 7º - Para fins deste Código de Ética, entende-se por Instituições Ufológicas, as Associações, Institutos, Sociedades, Centros, Grupos, Núcleos, Organizações, Observatórios Astronômicos e outros, de caráter ufológico, que estudam, pesquisam, analisam e divulgam os vários tipos e formas de manifestações de naves e de Seres Extraterrestres, conforme o definido no Art. 2º deste Código.

Art. 8º - É da competência da ANUB, através de seu Presidente, fazer as comunicações pertinentes, que sejam de interesse para as instituições ufológicas e afins.

Parágrafo único - Esta atribuição poderá ser delegada, sem prejuízo da responsabilidade solidária do titular.

Art. 9º - É conveniente e necessário, que as instituições ufológicas estejam devidamente registradas nos órgãos competentes e na ANUB.

Parágrafo único - As instruções para tais objetivos deverão ser fornecidas pela ANUB.

Art. 10° - Cabe ainda à ANUB, através de seu representante, devidamente designado para tal fim, realizar visitas e, se o caso, inspeções nas instituições ufológicas - filiadas ou não - com a finalidade de verificar se os trabalhos de pesquisa e divulgação ufológicas estão ocorrendo de acordo com a ética e os princípios ufológicos.

Art. 11 - Cabe ao dirigente da instituição ufológica e ao infrator, a responsabilidades pelas infrações éticas cometidas em nome da respectiva instituição.

Art. 12 - As instituições ufológicas deverão permutar entre si e com as afins, informações e material de pesquisa em geral, para incrementar seus estudos e pesquisas, bem como para a divulgação da Ufologia.

Art. 13 - As instituições ufológicas poderão inserir em suas revistas, boletins e informativos, propagandas e anúncios de terceiros, desde que tais publicações não venham ferir aos princípios e à ética da Ufologia.

Art. 14 - É dever das instituições ufológicas prestigiar as instituições profissionais, científicas e as instituições em geral que estejam colaborando para a pesquisa ufológica e/ou para o aprimoramento da Ufologia.


Art. 15 - CONSTITUI INFRAÇÃO ÉTICA, ALÉM DAS JÁ PREVISTAS NESTE CÓDIGO.


a) Servir-se da instituição ufológica para promoção própria ou para vantagens pessoais;

b) Prejudicar, moral ou materialmente, a instituição ufológica ou entidades afins;

c) Desrespeitar instituições ufológicas ou entidades afins, injuriar ou difamar os seus dirigentes ou associados;

d) Prestar informação inverossímil ao público em geral, em nome da instituição ou através de seu associado;

e) Deixar de comunicar, por escrito, à ANUB, infrações cometidas por quaisquer associados da instituição e que digam respeito à Ufologia.



Capítulo V - DAS PESQUISAS UFOLÓGICAS


Art. 16 - O Ufólogo deve, quanto às pesquisas ufológicas, observar as seguintes normas, sem prejuízo das ditadas em outros Capítulos e Seções deste Código de Ética:

a) Ter a consciência de que está devidamente preparado para dar início a uma pesquisa ufológica;

b) Ter a consciência de que através de uma pesquisa ufológica realizada com observância das normas e das técnicas que regem a ciência da Ufologia e uma vez constatado o fato ufológico, as informações e o conhecimento obtidos poderão vir a modificar as estruturas política, econômica, financeira, religiosa, social e filosófica do planeta;

c) Lembrar que se uma pesquisa ufológica for realizada fora das citadas normas e técnicas de pesquisa, sem a devida experiência e sem os conhecimentos, capacidade, habilidade e habilitação mínima exigidos, a divulgação de seus resultados poderá vir a desacreditar a própria Ufologia;

d) Ter em mente que, através de uma pesquisa ufológica bem conduzida e dentro dos preceitos para esta finalidade, é que se irá ter um conhecimento maior e uma conscientização do por que das ligações dos Seres de outras orbes com as civilizações deste planeta e mesmo com a própria Terra;

e) Traçar o perfil geral do contatado e da testemunha, correlacionando-os com o tipo de fenômeno ufológico implicado;

f) Procurar, também através de seus psicopoderes, obter respostas para melhor compreensão do fenômeno ufológico pesquisado.


Art. 17 - Se, por motivos ponderáveis, os trabalhos de pesquisa, no campo ou junto à testemunha ufológica, não puderem ser continuados pelo Ufólogo, este deverá indicar outro colega para substituí-lo.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, o Ufólogo substituto deverá receber as informações necessárias para dar continuidade à pesquisa.

Art. 18 - Cumpre ainda ao Ufólogo, antes, durante e após a pesquisa ufológica:

a) Ser urbano e respeitoso com as pessoas ou com os habitantes da localidade na qual se realiza a pesquisa;

b) Fazer constar do relatório das pesquisas ufológicas, se possível, informações quanto ao local e seus habitantes a fim de serem transmitidas a outros pesquisadores e/ou a instituições ufológicas;

c) Observar as técnicas para aproximar-se e interrogar as testemunhas e/ou as pessoas da localidade que possam falar sobre a ocorrência do fenômeno ufológico ou outro;

d) Observar as técnicas para a coleta das amostras ou vestígios ufológicos - provas - para dar continuidade à pesquisa;

e) Fotografar e filmar, com a presença de testemunhas, se possível, os vestígios ufológicos antes de removê-los do local;

f) Facilitar a participação de outros pesquisadores na pesquisa, quando houver interesse por parte destes, desde que não haja comprometimento dos trabalhos;

g) Pesquisar o fenômeno ufológico sob todos os aspectos, se possível, partindo do processo científico ao lógico-filosófico e vice-versa, comprovando ou levantando suas hipóteses e teorias, dentro do devido respeito às demais linhas de pesquisa;

h) Procurar traçar os parâmetros e discernir entre as pesquisas científicas, paracientíficas, espiritualistas, exotéricas e místicas realizadas, dentro dos casos ufológicos, comparando os resultados e efetuando as devidas análises;

i) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização encaminhando-os às pessoas habilitadas e qualificadas para a pesquisa do mesmo;

j) Divulgar ou comunicar a instituições ufológicas os resultados obtidos em suas pesquisas, se possível;

l) Encaminhar as fotografias e filmes de naves ou de luzes que impliquem em dúvida, à instituição ou a perito ufológicos para a devida análise e expedição do respectivo laudo;

m) Encaminhar amostras, objetos e animais que estejam ligados ao acontecimento ufológico, às respectivas instituições científicas, para análises e expedição de laudo ou certificado, se a pesquisa assim o exigir;

n) Contestar quaisquer informações obtidas das pesquisas ufológicas, realizadas, de acordo com qualquer linha - da científica à lógica-filosófica - desde que com a devida justificativa e comprovação;

o) Não se deixar envolver pela emoção tendo em vista tratar-se de fenômeno insólito que pode, inclusive, manifestar-se em outras dimensões;

p) Orientar com paciência, mas com segurança, os principiantes nas pesquisas ufológicas.

Art. 19 - Constitui infração ética dentro das pesquisas ufológicas, sem prejuízo das demais constantes deste Código:


a) Desatender às normas da ANUB e à legislação pertinente às pesquisas em geral e, em especial, pertinente às pesquisas ufológicas;

b) Realizar pesquisa em ser humano sem que este ou seu responsável, ou representante legal, tenha dado consentimento, após ser devidamente esclarecido sobre a natureza e as conseqüências da pesquisa;

c) Realizar pesquisas em animais que sofreram atuações de cunho ufológico, sem os conhecimentos para tal tipo de pesquisa;

d) Realizar pesquisas ufológicas sem habilitação legal nos casos em que é feita tal exigência;

e) Desrespeitar as pessoas ou habitantes da localidade na qual são realizadas as pesquisas ufológicas;

f) Reter abusivamente, provas ufológicas recebidas em confiança, para estudo e análise;

g) Tornar-se moralmente inidôneo para a pesquisa ufológica.



Seção I - DAS EQUIPES DE PESQUISAS UFOLÓGICAS


Art. 20 - No relacionamento entre os pesquisadores ufológicos da equipe, serão mantidos o respeito e lealdade, bem como a colaboração técnico-científica de acordo com o conhecimento e a experiência de cada pesquisador.

Parágrafo único - O pesquisador ufológico deve ater-se ao que lhe compete na orientação técnica da pesquisa e na padronização do trabalho a ser desenvolvido junto à equipe.

Art. 21 - No caso de atendimento em equipe, o Ufólogo deve esclarecer a testemunha ou o contatado a qualificação profissional de cada membro da equipe, seus papéis e responsabilidades.

Art. 22 - Constitui infração ética do Ufólogo junto à equipe de pesquisa e sem prejuízo das infrações éticas já previstas neste Código:

a) Ser conivente em erros técnicos ou infrações éticas;

b) Negar, injustificadamente, colaboração a colega no atendimento à testemunha ufológica em caso de emergência;

c) Utilizar-se de serviços prestados por "profissionais liberais" não habilitados legalmente;

d) Provocar desarmonia dentro da equipe ufológica.


Seção II - DOS PESQUISADORES UFOLÓGICOS PROFISSIONAIS LIBERIAIS


Art. 23 - Os profissionais liberais que também exercem suas atividades na área ufológica, devem observar, além dos preceitos deste Código, os preceitos dos Códigos de Ética das respectivas profissões liberais, conforme Art. 66 do Capítulo VIII deste Código.

Art. 24 - Os Ufólogos profissionais liberais devem, com relação aos demais Ufólogos, observar as seguintes normas de conduta:

a) Ser cordial e prestativo com os Ufólogos que realizam suas pesquisas utilizando-se de diferentes métodos e técnicas para explicar o fenômeno ufológico;

b) Procurar informar da maneira mais acessível ao leigo, suas conclusões quanto ao caso pesquisado, se for permissível;

c) Permitir, sempre que possível e sem ferir a ética do sigilo, a presença do Ufólogo junto à testemunha sob sua responsabilidade;

d) Denunciar à instituição ufológica e/ou à ANUB o Ufólogo que exerça atividade de profissional liberal, sem a devida habilitação;

e) Denunciar aos respectivos órgãos controladores da Ética Profissional, qualquer pessoa que dentro da Ufologia esteja exercendo profissão sem estar devidamente habilitado para tal.


Seção III - Das pesquisas realizadas junto às testemunhas ufológicas e a outras pessoas

Art. 25 - Cumpre ao Ufólogo, com relação à testemunha ufológica ou à pessoa pesquisada e sem prejuízo do disposto no Capítulo II - Dos Deveres e das Responsabilidades:

a) tratar a testemunha ufológica ou a pessoa pesquisada, com respeito e urbanidade;

b) resguardar a privacidade da testemunha ufológica, durante toda a pesquisa;

c) evitar, quanto possa, que a testemunha pratique, em relação à pesquisa, atos reprovados por este Código de Ética;

d) evitar tudo o que possa induzir a testemunha ou as pessoas pesquisadas, a prestar declarações que desconheça;

e) evitar intervir ou fazer qualquer apreciação na presença da testemunha ufológica ou da pessoa pesquisada, quando na qualidade de orientador ou perito na pesquisa de outro Ufólogo;

f) procurar distinguir se o fenômeno ufológico foi provocado ou não pela testemunha, quer seja ele físico, manifestação espiritual, paranormal, anímica ou, ainda, manifestação de outras formas energéticas;

g) não supervalorizar a testemunha ou a pessoa contatada, bem como não deixar transparecer sua emoção junto à mesma e quanto ao fato ufológico;

h) encaminhar pessoa traumatizada por motivo ufológico ao devido tratamento médico e/ou psicológico, com profissional competente que, preferencialmente, também seja da área ufológica;

i) elaborar o dossiê das testemunhas ou das pessoas pesquisadas, incluindo gravações, fotos, filmes, provas e outros, conservando-os em arquivo próprio;

Art. 26 - Enquanto a testemunha ufológica não o permitir, seu nome e endereço não poderão ser divulgados.

Parágrafo único - Caso outro pesquisador venha a conhecer a testemunha,este deverá, da mesma maneira citada neste artigo, manter em sigilo o nome e demais informações a respeito daquela testemunha.


Art. 27 - Constitui infração ética do Ufólogo, sem prejuízo das demais deste Código:


a) deixar de esclarecer adequadamente as testemunhas ufológicas e, se for o caso, seus familiares, a respeito dos propósitos, riscos e alternativas da pesquisa;

b) executar ou propor à testemunha medidas desnecessárias à pesquisa ou para as quais não esteja capacitado;

c) desrespeitar ou permitir .que desrespeitem a pessoa pesquisada, a testemunha e seus familiares;

d) utilizar-se da testemunha ufológica de forma abusiva na pesquisa;

e) deixar de atender testemunha ufológica que procure uma orientação do Ufólogo;

f) abandonar a testemunha ufológica, sem antes ter indicado outro Ufólogo para a continuidade da pesquisa;

g) amedrontar a pessoa pesquisada, mesmo que por falta de experiência ou de conhecimento dos princípios éticos, morais e técnicos na área da Ufologia;

h) ocasionar, com seus conhecimentos técnicos ou científicos, dano à dignidade e à integridade física ou mental da testemunha ou da pessoa pesquisada;

i) deixar de tratar a testemunha e seus familiares, com discrição;

j) alterar ou deturpar o teor das declarações das pessoas pesquisadas;

l) iniciar pesquisa ufológica junto a menores sem a devida autorização de seus responsáveis, exceto em casos de urgência;

m) gravar, inclusive por telefone, declarações das pessoas pesquisadas, sem a devida autorização das mesmas.

Seção IV - Das pesquisas no campo

Art. 28 - O pesquisador ufológico, quanto às pesquisas no campo e quanto às vigílias para suas observações, estudos e análise de fenômenos de provável cunho extraterrestre, deve observar as seguintes normas:

a) respeitar e seguir as orientações do guia, antes, durante e após as vigílias a fim de não causar acidentes físicos com as pessoas, danos na natureza, danos materiais nos equipamentos em geral, bem como não ocasionar o afastamento de possíveis contatos com naves, Seres Extraterrestres ou com outras formas de energia;

b) seguir à risca o roteiro estabelecido pelo guia da equipe, observando as normas para a pesquisa ufológica;

c) manter o espírito de companheirismo;

d) manter o devido respeito entre os companheiros de vigília ou de pesquisa;

e) preservar o local do acampamento, lembrando que outros pesquisadores provavelmente irão ao mesmo local;

f) estar psicologicamente preparado para um contato com naves, Seres Extraterrestres ou com outras formas de energia durante a vigília;

g) ter algum conhecimento sobre Astronomia, o manuseio dos principais instrumentos, máquinas e objetos utilizados nas vigílias e demais pesquisas de campo, bem como algum conhecimento das normas sobre acampamento;

h) procurar conhecer, antes das pesquisas no campo, os usos e costumes dos habitantes das localidades a que se dirigir e, principalmente, as expressões usadas quanto a manifestações de cunho ufológico ou as que se confundem com elas;

i) orientar os iniciantes na Ufologia sobre os riscos que porventura poderão advir e quanto aos cuidados que deverão tomar, tais como sobre as luzes das naves, emanações de energias da nave ou de outras fontes.

Art. 29 - Constitui infração ética do Ufólogo, nas pesquisas no campo e sem prejuízo das demais citadas neste Código:

a) não respeitar o descanso dos companheiros durante os turnos da vigília;

b) dormir ou deixar de vigiar o acampamento, durante o seu turno, sem explicação aceitável;

c) desperdiçar água e alimentos;

d) faltar ao turno de vigília programado, sem motivo relevante;

e) deixar de cumprir quaisquer das instruções e normas estabelecidas para acampamento.

Seção V - Das pesquisas realizadas por instituições, ufólogos Paraolísticos e Holísticos

Art. 30 - Para fins desta Seção, definem-se:

a) Ufólogo (Científico) é aquele que estuda, pesquisa, analisa, e divulga os casos e fatos ufológicos, seguindo exclusivamente a Ciência racional e experimental;

b) Ufólogo (Paraolístico) é aquele que estuda, pesquisa, analisa e divulga a Ufologia exclusivamente sob um ou mais dos seguintes aspectos: espiritualista, místico, exotérico, filosófico e afins;

c) Ufólogo (Holístico) é aquele que, além de seguir as linhas científica e paraolística, usa também suas faculdades intuitivas e/ou seus psicopoderes para o estudo, a pesquisa, a análise e a divulgação dos fenômenos ufológicos, procurando ainda correlacionar o fenômeno com outros fatores, não o vendo de forma isolada e sim integrando-o em um todo mais amplo.

Art. 31 - O Ufólogo (Paraolístico) deve procurar desenvolver o sentido de sua responsabilidade, buscando a melhoria de sua competência científica, técnica e espiritualista, a fim de atingir a conscientização holística.

Art. 32 - É dever do Ufólogo (Paraolístico e Holístico):

a) estar preparado para enfrentar todo tipo de manifestação cósmica - do material ao espiritual - a fim de poder interpretar tais fenômenos ou, pelo menos, traçar uma hipótese ou teoria sobre o caso pesquisado;

b) saber utilizar seus psicopoderes para detectar os tipos de manifestações energéticas, bem como a origem de cada uma, a fim de melhor definir o caso;

c) não vacilar nem ficar em dúvida quanto a sua interpretação do fenômeno e, caso isso ocorra, de imediato procurar o Ufólogo especialista no respectivo assunto tratado no caso;

d) procurar correlacionar, no mesmo caso ufológico, tanto quanto possível, os dados obtidos em sua pesquisa com os dados obtidos por um Ufólogo que tenha utilizado o método técnico/científico.

Art. 33 - O Ufólogo pesquisador - paraolístico - ao receber, através de seus psicopoderes, uma provável comunicação de Ser Extraterrestre deverá, antes de divulgá-la, analisar em todas as suas minúcias como o fenômeno ocorreu, no sentido de bem identificar a origem correta da comunicação e a sua veracidade.

# lº - Procurar identificar o autor e seu local de origem quando da comunicação de cunho extraterrestre, a que se refere este artigo.

# 2º - Junto às informações ou orientações ou mensagens recebidas através de psicopoderes, o receptor ou "canal", deverá indicar a forma pela qual as recebeu.

# 3º - Todas as comunicações recebidas nos termos desse artigo, deverão ter a identificação do receptor (ou canal ou intermediário).

Art. 34 - As pesquisas ufológicas, de cunho paraolístico deverão ser realizadas sob forma discreta e seus resultados comparados com o que se conhece da ciência.

# lº - Na hipótese de que tais resultados extrapolem a confirmação científica conhecida, os mesmos deverão ser levados aos Ufólogos científicos e/ou holísticos para a análise conjunta.

# 2º - No caso de que através das técnicas e das ciências não hajam, ainda, meios para comprovar o que foi transmitido, a análise deverá ser feita através do bom senso e da probabilidade de ser aceita sendo, nesta circunstância, considerado como uma hipótese ou teoria, sem cessar a pesquisa conjunta.

Art. 35 - O Ufólogo (Paraolístico) deverá analisar, sempre que possível, as pesquisas ufológicas de cunho técnico-científico, a fim de emitir seu parecer comparativamente ao que se conhece nas demais linhas de pesquisa ufológica.

Art. 36 - O pesquisador ufológico (paraolístico) tem por obrigação conhecer, além dos princípios básicos e técnicos de pesquisas ufológicas, pelo menos Astronomia, Psicotrônica, Exobiologia, as diferenças das formas de comunicação de Seres Extraterrestres das dos Seres espirituais; processos anímicos e formas de manifestações energéticas de um modo geral.

Art. 37 - Compete ao Ufólogo (Paraolístico) saber discernir se uma comunicação que está sendo recebida por um receptor (ou canal) é de origem extraterrestre, ou de um Ser espiritual, ou de outra fonte de energia ou, ainda, se é um processo anímico ou se é um embuste da própria pessoa.

Art. 38 - Os Ufólogos (Paraolísticos) também têm por obrigação "desmistificar" as comunicações que ele perceber, através de seus conhecimentos ou de seus psicopoderes, tratar-se de embuste, consciente ou inconsciente.

Art. 39 - As instituições ufológicas e afins, de cunho paraolístico, não deverão encarar o fenômeno ufológico como sobrenatural e santificado, tornando-o um ato de fé.

Art. 40 - Dentro da classe dos Ufólogos não serão aceitas aquelas pessoas ou instituições que, em nome da técnica e da ciência se tornem "Cientificistas", bem como aquelas que em nome da fé se tornem "Ufólatras" ou adoradores dos "Discos Voadores" e dos Seres Extraterrestres.

Parágrafo único - Tais casos, dentro dos radicalismos citados neste artigo, deverão, de imediato, ser comunicados à ANUB, para as devidas providências.

Art. 41 - Constitui infração de ética do Ufólogo paraolístico, além das já instituídas neste Código:

a) transmitir informação ufológica da linha paraolística (exotérica, mística, filosófica, espiritual e afins), que comprovadamente não condiz com a verdade;

b) transmitir informação ufológica da linha paraolística (exotérica, mística, filosófica, espiritual e afins), que venha prejudicar a testemunha ufológica ou terceiros;

c) incrementar a discórdia entre Ufólogos de diferentes linhas de estudo, pesquisa e análise (científica, paraolística e holística);

d) abusar de seus psicopoderes, na área da Ufologia, com o intuito de promoção pessoal ou da instituição a que pertence.



Capítulo VI - Da divulgação da Ufologia

Art. 42 - O Ufólogo deve divulgar suas pesquisas de forma compreensível e em alto nível técnico-científico-paraolístico, a fim de tornar a Ufologia uma ciência séria e objetiva.

Art. 43 - Cumpre ao Ufólogo, em relação às formas de divulgação da Ufologia, sem prejuízo das já estabelecidas neste Código:

a) realizar, de maneira digna, a divulgação de sua instituição ufológica e de suas atividades como pesquisador, evitando toda e qualquer manifestação que possa comprometer o conceito das atividades ufológicas ou de pesquisadores da área;

b) cooperar intelectual e materialmente para o progresso das atividades ufológicas, mediante intercâmbio de informações com entidades da área, pesquisadores nacionais e de outros países, órgãos de divulgação em geral e pessoas interessadas no assunto;

c) divulgar, logo que possível, o resultado do estudo, pesquisa e análise de uma manifestação ufológica, a fim de que os meios ufológicos tomem conhecimento e tenham condição de processar dados comparativos;

d) respeitar as idéias e as convicções de seus colegas, bem como os seus trabalhos e as soluções ou hipóteses apresentadas pelos mesmos;

e) transmitir informações ou estudos sobre a Ufologia sem utilizar métodos sensacionalistas.

Art. 44 - Nas comunicações ou na divulgação para o público, de resultados de pesquisa, de relatos ou estudos de casos, o Ufólogo é obrigado a omitir ou a alterar quaisquer dados que possam conduzir à identificação das testemunhas ufológicas que tenham solicitado o sigilo de seu nome.

Parágrafo único - A fim de não ferir este artigo, o Ufólogo poderá se utilizar de um nome e locais fictícios, fazendo alusão a este fato.

Art. 45 - Constitui infração ética em relação à divulgação dos trabalhos ufológicos, sem prejuízo das já citadas neste Código:

a) desrespeitar a dignidade e a liberdade de pessoas ou grupos envolvidos em seus trabalhos sobre Ufologia;

b) pregar a veracidade ufológica de um caso, ou de uma foto, ou de um documento, ou de uma mensagem ou de um objeto, sem estar habilitado para tal e/ou sem mencionar a origem do estudo e análises das provas apresentadas;

c) divulgar em impressos e anúncios de cursos e palestras sobre Ufologia e ciências correlatas, o nome, endereço ou qualquer outro elemento que identifique a testemunha ufológica ou pessoas pesquisadas, sem a devida autorização destas;

d) emitir e assinar declaração ou atestado de cunho ufológico que não corresponda à veracidade dos fatos.

Seção I - Da propaganda e da publicidade

Art. 46 - O Ufólogo que promover publicamente a divulgação de seus trabalhos, cursos ou palestras, deverá fazê-lo com exatidão, dignidade e de forma objetiva e, se desejar, citar suas habilitações, qualificações e outras aptidões.

Art. 47 - Constitui infração ética do Ufólogo, sem prejuízo das já citadas neste Código:

a) usar expressões alarmantes em impressos e anúncios de cursos e palestras sobre Ufologia, que possam causar intranqüilidade ou sensacionalismo, com a finalidade de atrair mais público;

b) citar títulos que não possua, em impressos e anúncios sobre cursos e palestras;

c) fazer publicidade em desacordo com a legislação vigente ou em desacordo com as normas da ANUB;

d) colocar a designação "Ufologia" em impressos e anúncios de cursos e de palestras, como sendo dependente de, ou ligada a "artes adivinhatórias".

Seção II - Das publicações e da divulgação de estudos e pesquisas ufológicas

Art. 48 - Na publicação de trabalhos técnicos ou científicos ou paraolísticos ou holísticos, o Ufólogo deverá:

a) ditar as fontes consultadas;

b) basear suas conclusões nos dados obtidos;

c) mencionar as contribuições de caráter profissional prestadas por outros Ufólogos ou colaboradores;

d) obter autorização expressa do autor e a ele fazer referência, quando utilizar fontes particulares ainda não publicadas;

e) impedir que sejam entendidos como seus, trabalhos ou pesquisas ufológicas de outros autores.

Art. 49 - Nas publicações de suas pesquisas, o Ufológo deve apresentar os casos com a necessária prudência, sem qualquer caráter auto-promocional ou sensacionalista, levando em conta o bem estar da população.

Art. 50 - A ANUB providenciará, através de seu departamento jurídico, que os Ufólogos possam ter assegurados seus direitos autorais quanto às publicações de suas pesquisas ufológicas, teses defendidas, fotografias, filmes e outros, relacionados com a classe;

# lº - É de boa ética que o autor de trabalhos, pesquisas, estudos, fotografias e possuidor de provas ufológicas, autorize a publicação, no todo ou em parte, por terceiros, desde que haja citação da fonte de origem.

#2º - Cabe ao autor ou autores, zelar para que tais publicações ou divulgações não sejam deturpadas em prejuízo próprio ou da própria Ufologia.

Art. 5l - Constitui infração ética, sem prejuízo das demais citadas neste Código:

a) aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome na co-autoria de pesquisa ufológica ou de obra publicada;

b) apresentar como sua, no todo ou em parte, obra ou pesquisa de outrém, ainda que não publicada;

c) utilizar-se, sem referência ao autor ou sem sua autorização expressa, de dados, informações ou opiniões coletados em parte, dos de sua obra, pesquisa ou estudos, publicados ou não;

d) falsear dados estatísticos ou deturpar sua interpretação para fundamentar seu trabalho ou pesquisas ufológicas.



Seção III - Das reuniões, dos cursos e das palestras

Art. 52 - O Ufólogo deve prestigiar seus colegas, comparecendo às reuniões, cursos, palestras e demais eventos de cunho ufológico, sempre que possível.

Art. 53 - O Ufólogo, ao participar de reuniões, cursos, palestras e eventos ufológicos, deve procurar, sempre que necessário, esclarecer dúvidas, defender a classe e dignificar a Ufologia.

Art. 54 - As instituições ufológicas que promovam eventos relacionados com a Ufologia, devem discernir bem quanto à escolha dos oradores, a fim de se evitar que pessoas não credenciadas venham a expor teses ou casos que confundam o público e que não tragam nenhum benefício à Ufologia.

Art. 55 - Constitui infração ética, observandose também as demais constantes deste Código:

a) fornecer certificados, diplomas ou declarações de cunho ufológico, no nome de interessados que não tenham participado do evento ou de pesquisa ufológica;

b) comportar-se de forma hostil ou desrespeitosa junto a colegas, durante reuniões, cursos, palestras ou eventos de caráter ufológicos.



Capítulo VII - Das medidas disciplinares

Seção I - Das punições disciplinares

Art. 56 - A transgressão de preceito deste Código de Ética constitui infração disciplinar sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação das seguintes penalidades:

a) advertência confidencial, em aviso reservado;

b) censura, por escrito;

c) suspensão por 1 (um) ano da participação de eventos e das atividades promovidas por instituições ufológicas ou por pesquisadores dessa área;

d) exclusão da participação de eventos e de atividades promovidas pelas instituições ufológicas ou por pesquisadores dessa área;

e) denúncia pública e encaminhamento da documentação comprobatória da culpa, a instituições ufológicas nacionais e internacionais.

# lº - No caso de reincidência em infração disciplinar já punida nos termos das alíneas "a" ou "b" deste artigo, aplica-se a suspensão citada na alínea "c".

# 2º - Além das penas disciplinares previstas, também poderá ser aplicada a pena pecuniária de ½ a 5 salários mínimos

Art. 57 - A alegação de ignorância ou da má compreensão dos preceitos deste Código, não exime de penalidade o infrator.

Art. 58 - Avalia-se o grau de gravidade da infração cometida, pela extensão do dano e por suas conseqüências.

Art. 59 - Considera-se de manifesta gravidade, principalmente:

a) imputar a alguém e/ou à instituição ufológica, ato anti-ético de que o saiba inocente, dando causa a instauração de processo ético;

b) acobertar ou ensejar o exercício ilegal de uma profissão;

c) exercer ato privativo de profissional liberal;

d) traumatizar uma testemunha ufológica por imperícia técnica no trato com a mesma, durante a pesquisa;

e) praticar ou ensejar ato torpe;

f) esconder ou destruir provas da pesquisa ufológica;

g) quebrar o sigilo pedido pela testemunha ufológica sem a sua devida autorização ou pedido judicial.

Art. 60 - São circunstâncias que podem atenuar a pena:

a) ausência de punição disciplinar anterior;

b) ter reparado ou minorado o dano ou a ofensa;

c) exercício assíduo e proficiente em palestras, cargos e atividades ufológicas;

d) prestação de relevantes serviços à Ufologia.



Seção II - Do conselho de Ética, da defesa e do recurso

Art. 6l - Compete ao Conselho de Ética dos Ufólogos, constituído pela Resolução ANUB nº , da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB), apreciar e julgar as representações e denúncias devidamente formalizadas e instruídas.

# lº - As representações e denúncias somente serão aceitas se encaminhadas por Ufólogo filiado ou por instituição ufológica cadastrada na ANUB.

# 2º - O Conselho de Ética deverá emitir suas decisões, somente por escrito.

Art. 62 - Ao acusado é concedido, após à efetiva citação por via postal ou pessoal, o prazo de 15 (quinze) dias para apresentação de sua defesa, por escrito, por si ou por procurador.

Art. 63 - O acusado terá direito a recurso, que deverá ser interposto dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data do recebimento da comunicação da pena.

Art. 64 - Após o julgamento final, a decisão deverá constar dos assentamentos do Ufólogo, na ANUB e na instituição ufológica a que estiver ligado.

Parágrafo único - É conveniente que as demais instituições ufológicas e interessados ligados à Ufologia, anotem em seus arquivos os fatos ocorridos.



Capítulo VIII - Da abrangência do código

Art. 65 - As normas deste Código de Ética aplicam-se às pessoas físicas e jurídicas que exerçam atividades de estudo, pesquisa, análise e divulgação no âmbito da Ufologia.

Parágrafo único - Incluem-se neste artigo, e no que couber dos dispositivos deste Código, os principiantes em Ufologia - Auxiliares de Ufólogo.

Art. 66 - Os profissionais liberais que atuam na área da Ufologia devem observar, além dos preceitos do Código de Ética da respectiva profissão, os preceitos deste Código de Ética.

Parágrafo único - Caso haja infração a um dos Códigos já citados neste artigo, compete ao Presidente da ANUB encaminhar a representação aos respectivos órgãos controladores da ética do profissional.

Art. 67 - O "Ufólogo Independente" que venha ferir as normas e a ética dentro das pesquisas e divulgação ufológicas, poderá ser enquadrado nas alíneas "a" ou "b" ou "e" do artigo 56 deste Código de Ética.

Parágrafo único - Para fins deste artigo considera-se "Ufólogo Independente" aquele que divulga e realiza suas pesquisas ufológicas sem estar filiado ou cadastrado em quaisquer instituições ufológicas.



Capítulo IX - Das modificações do código

Art. 68 - Qualquer modificação deste Código de Ética somente será feita pela Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB), mediante proposta feita por Ufólogo filiado ou através de instituição ufológica devidamente cadastrada na ANUB

# 1º - O Ufólogo não filiado e nem cadastrado, deverá encaminhar suas sugestões ou modificações a este Código, somente através de outro Ufólogo ou através de instituição ufológica devidamente filiados ou cadastrados na ANUB.

# 2º - A sugestão ou modificação deste Código de Ética deverá ser acompanhada da devida identificação da pessoa - nome, endereço, telefone, registro geral e outras informações que achar por bem acrescentar.

Art. 69 - As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho de Ética do Ufólogo e, posteriormente, referendados pela ANUB.



Capítulo X - Das disposições finais

Art. 70 - As instituições ufológicas e afins poderão criar uma Comissão de Ética do Ufólogo para, em caso de infração a este Código, instruir e formalizar a representação ou denúncia, que deverá ser encaminhada, através do dirigente da instituição, ao Conselho de Ética do Ufólogo, passando, antes, pelo Presidente da ANUB.

Parágrafo único - As representações ou denúncias recebidas pelas instituições ufológicas, deverão ser encaminhadas ao Conselho de Ética, no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 71 - A ANUB deverá providenciar a ampla divulgação deste Código de Ética, entre os Ufólogos e, em especial, junto às entidades ufológicas.

Parágrafo único - É permitida a divulgação deste Código de Ética através de revistas e informativos das entidades ufológicas e afins.

Art. 72 - A ANUB deverá baixar regulamentação exigindo um mínimo de conhecimentos, capacidade e habilidades, bem como a formação básica para os principiantes em atividades ufológicas - Auxiliar de Ufólogo.

Art. 73 - A ANUB deverá regulamentar a classe de Ufólogo, inclusive com suas várias especializações, estabelecendo quais os conhecimentos, capacidade, habilidades e habilitação profissional, além de experiências, para a profissão dentro da Ufologia.

TESTEMUNHAS UFOLÓGICAS

A testemunha ufológica, seja ela abduzida, contatada ou não, merece todo respeito por parte do pesquisador. O interesse da testemunha em revelar a experiência pela qual passou é variável. Em alguns casos a testemunha mostra-se arredia ao pesquisador. Em outros ela pede sigilo sobre sua identidade, endereço ou dados que possam identificá-la. Isto deve sempre impreterivelmente ser respeitado pelo pesquisador. A divulgação destes dados pode ser prejudicial à testemunha uma vez que ela pode ser inevitavelmente vítima de gozações ou provocações, podendo sofrer algumas sanções que irão desde o isolamento até a possível perda de seu emprego. Uma testemunha sempre irá relatar sua experiência a partir do seu ponto de vista, que dependerá de sua cultura, conhecimento, sabedoria ou crenças religiosas. Cabe ao ufólogo discernir com discernimento o evento real e a modificação involuntária realizada pela testemunha. Muitas vezes esta modificação é involuntária ou inconsciente. Deve-se respeitar as crenças da testemunha e evitar entrar em choque com ela. Após a entrevista deve-se obter informações sobre a testemunha que visem confirmar, ou autenticar o que foi afirmado pela testemunha.

COLETA E ANÁLISE DO SOLO AFETADO

Após realizar a investigação do vestígio físico, comentado no item anterior, deve-se coletar amostras de solo para análise. Elas devem ser coletadas dentro e fora do vestígio físico. A amostragem deve ser inserida em um pote de coleta, de preferência esterilizado (não se esqueça de identificar corretamente com uma etiqueta colocando data, local e seu nome e/ou nome, ou número do caso). Deve-se coletar o mesmo número de amostras para que o exame das amostragens de dentro do vestígio também sejam realizados nas amostragens de fora do vestígio para a devida comparação científica.

Teste Comparativo

Comparando-se amostras de dentro e de fora da marca (ninho) deixada pelo OVNI pode-se encontrar diversos dados interessantes. Geralmente um solo afetado por OVNI apresenta-se mais seco, duro, com características diferentes das amostras de fora das marcas. Algumas vezes, amostras separadas por apenas um metro, no local da coleta, podem apresentar-se distintas.

Análise de pH

Um dos testes mais importantes é a análise de pH. Deve-se coletar uma amostra de dentro e outra de fora da marca deixada e colocá-los em um recipiente de vidro. Em seguida, adicione um pouco de água destilada. Colocar uma tira de papel de tornassol (que pode ser adquirida em boas casas do ramo, laboratórios ou mesmo nas Universidades), deixando-as por 10 minutos. Se o papel tornassol adquirir uma coloração vermelha a amostra terá caráter ácido (pH entre 1 e 6). Se o papel tornassol adquirir uma coloração azul será de caráter básico (pH variando entre 8 e 14). Se for detectado pH básico provavelmente será natural, visto que cinzas originadas de queimadas propositais ou não apresentam pH básico. Essa é uma boa forma de eliminar-se os casos falseados.

Análise de Emissões Eletromagnéticas

A análise de emissões magnéticas também é um forte fator que descarta a possibilidade de fraude na maioria dos casos. Com uma simples bússola (que nunca deve faltar em seus apetrechos), podemos detectar alterações magnéticas nas amostras. Detectores de radiação e Contadores Geiger também podem detectar variações na taxa de radiação.

Teste de Fertilidade

Outro teste que é possível realizar com as amostras de terra coletadas são os testes de fertilidade. Em pequenos vasos separados com cada amostra planta-se sementes em cada uma delas. Deve-se plantar a mesma espécie de vegetal para poder fazer uma comparação mensurável. No caso de germinar plantas em amostras de dentro e de fora da marca deve-se observar e comparar os seguintes dados:

•tempo necessário para germinação

•características das plantas

•altura

•taxa de crescimento

COLETA E ANÁLISE DE AMOSTRAS

A análise de evidências físicas é uma das atividades mais interessantes da pesquisa ufológica. Com a análise das evidências encontradas é que se obtém subsídios para provar definitivamente a existência do fenômeno OVNI. Com a evidência a ser analisada deve-se ter todo o cuidado durante a coleta, para evitar contaminações; durante o transporte, para que esta não se danifique; durante seu armazenamento, pois ela não deve ser contaminada; e durante as análises para que não se perca o material.

As principais evidências coletadas por ufólogos de todo o mundo são:

Fotografias

Filmagens

Marcas de pouso no solo

Vegetação alterada por energias desconhecidas

Solo alterado por energias desconhecidas

Objetos afetados por energias desconhecidas

Efeitos fisiológicos anormais observados em animais e/ou seres humanos

Marcas estranhas em corpos de pessoas e/ou animais

Pegadas não identificadas

Animais mortos ou mutilados em circunstâncias estranhas

Outras



Fotografias - A análise de fotografias está descrita no link sobre análises fotográficas.

A análise fotográfica compreende algumas etapas:

1° - A análise do negativo - Com a análise do negativo é possível descobrir alguns tipos de fraudes, como riscos ou amassados. Esse tipo de análise deve ser realizada em microscópio e com o tempo realizando testes com negativos queimados pode-se aprender a reconhecer esses tipos de erros ou fraudes, que muitas vezes podem ser acidentais. É interessante verificar os negativos anteriores e posteriores da foto em questão.

2° - A fotografia revelada - Analisando a fotografia já revelada pode-se fazer uma série de análises. As análises mais comuns são:

•Sombra do objeto coincidente com a sombra do meio ambiente (faz-se necessário verificar o local de obtenção da fotografia). Verifique neste caso, o horário de obtenção da fotografia e posição do Sol.

•Detalhes do objeto (é muito comum surgirem fotografias de OVNIs com a "marca da Wolkswaghen ou similares, impressa" ).

•Comparações de luminosidade

•Formato de discos podem ser reflexos na lente da câmara que podem ser facilmente identificados analisando cuidadosamente a fotografia ou se possível o local pessoalmente procurando fontes de luz, como postes, lâmpadas ou até o próprio sol. Algumas vezes esses reflexos são de outros reflexos em capôs de automóveis ou algum outro tipo de metal. Esse tipo de OVNI é facilmente identificável com um pouco de treinamento.

3° - Análise na máquina fotográfica - Deve-se analisar a lente utilizada, a sensibilidade do filme utilizado, a velocidade, a abertura e o foco utilizado.

Dica Importante: tome o depoimento do autor da foto e verifique posteriormente se o relato coincide com a fotografia.

Filmagens - A análise das filmagens de OVNIs é um ramo interessante da pesquisa ufológica. Antes um vídeo ufológico tinha muito valor como evidência mas hoje, é cada vez mais fácil forjar um vídeo ufológico. Para isso, basta ter um computador e programas específicos para se produzir uma boa filmagem. Devido a esse fato deve-se analisar outros dados como idoneidade do autor da filmagem, possíveis interesses comerciais ou pessoais por trás da filmagem, etc. Conhecimentos diversos (astronômicos, meteorológicos, tecnológicos, etc) ajudam na hora de validar ou não um vídeo ufológico.

Marcas de pouso - A análise de uma marca de pouso de OVNI é de máxima importância para a pesquisa ufológica. Deve-se tomar todo o cuidado para uma análise deste tipo de ocorrência. Abaixo seguem algumas dicas:

•Equipamentos úteis
* Contador Geiger e detectores eletromagnéticos como magnetômetros ou eletrosensores - Para verificar a presença de radiação ou de gaus nos vestígios encontrados. A radiação dependendo de seu grau, também pode ser letal para a saúde dos moradores da região, bem como do pesquisador em questão.
*Máquina fotográfica e Filmadora - Utilizados para documentar o vestígio encontrado. Filmar os vestígios além do OVNI também são importantes. Procure filmar medidas e as alterações das bússolas ou equipamentos.
*Gravador - Utilizado para a entrevista com as testemunhas (se houver), ou na melhor das sortes os ruídos de OVNIs.
*Trena - Para medir marcas ou distanciamentos de sinais no solo tipo tripés, marcas de pés, ou saliências deixadas pelos objetos ou seus tripulantes.
*Bússola - Para verificar a presença de variação magnética ou eletromagnética não esquecendo de verificar hora distante do local, hora bem próximo chegando a se agachar se for necessário.
*Bloco de anotações e lápis - Para anotar os dados do vestígio ou para não esquecer detalhes e medidas.
*Gesso e Água - Em caso de marca de sapata, trem de pouso, ou pegadas não identificadas convém fazer moldes em gesso para análises posteriores. Para isto basta misturar gradativamente o gesso com um pouco d’água.
*Canivete e estiletes - Utilidades gerais.
*Potes e luvas cirúrgicas para coleta - Coleta-se os seguintes materiais para exame posterior. Plantas, solo, animais mortos ou partes deles. Pode ser que se encontre elementos desconhecidos (líquidos, sólidos, gelatinosos ou outros). Neste caso recomenda-se o uso de luvas cirúrgicas encontradas facilmente em farmácias. IMPORTANTE : Efeitos no pesquisador podem ocorrer (formigamento, amortecimento da mão, sensação de calor). Portanto, TODO CUIDADO É POUCO.
*Sacos para coleta - Idem ao anterior.
*Tesoura e pinças para coleta - Utilidades diversas.

•Cuidados antes de iniciar a pesquisa.
Ao chegar ao local do vestígio deve-se em primeiro lugar verificar a presença de radiação elevada na região do suposto pouso. Para isso, deve-se ter em meio a seu material de pesquisa e coleta ufológica, um contador geiger. Caso você não possa adquirir um, pois seu valor no mercado brasileiro é elevado, procure emprestar de alguma Universidade local ou adquiri um no estrangeiro com algum conhecido. Voltando às universidades geralmente departamentos de Física os possuem. Em caso positivo deve-se verificar o nível de intensidade da radiação. CUIDADO: Deve-se evitar o máximo a presença de pessoas e animais nas proximidades da marca e procure cercar a área com algum tipo de fita plástica daquelas amarelas e pretas utilizadas por empresas de construções ou pela polícia. São facilmente encontradas no mercado e de custo baixo.

•Procedimentos
Em seguida no máximo dois pesquisadores devem verificar as medidas da marca com uma trena. Após isso, coleta-se o material para estudos posteriores. Os materiais a serem coletados são: vegetação de dentro e fora da marca deixada; solo de dentro e de fora da marca(cerca de 10 metros ou mais). Se houver materiais dentro da marca, devem ser coletados também sempre tomando o cuidado de utilizar as luvas cirúrgicas. As amostras devem ficar separadas umas das outras. O pote ou saco de coleta deve ser fechado de modo que nada entre ou sai dele. Em caso de haver pegadas ou marcas de trem de pouso ou outros, recomenda-se antes de mexer nelas, documentá-las, medi-las e depois realizar moldes em gesso. Com eles é possível fazer uma série de análises. Procure entrevistar todas as testemunhas.

Procedimentos finais
Avise aos moradores locais para que evitem se aproximar da marca. Procure ser rápido ao realizar os estudos necessários nas amostras para que elas não percam a validade.

Área Verde (vegetação) afetada por energias desconhecidas - A vegetação pode ser afetada de diversas formas. Um OVNI próximo pode provocar leve chamuscamento, carbonização e/ou outros efeitos. Quando árvores ou plantas são afetadas nota-se uma pequena área em evidência enquanto o restante da árvore e/ou planta permanece inalterada. Abaixo descreveremos como podem ser encontradas plantas afetadas em diferentes situações:

•Leve chamuscamento - Neste caso nota-se uma diferença de coloração na região afetada. Nas bordas das folhas existe uma leve carbonização. Em alguns casos ela apresenta-se retorcida, como uma folha de papel que foi molhada e logo em seguida secou.

•Muito Chamuscada - A planta apresenta-se alterada, com as folhas carbonizadas.

•Seca - A planta apresenta-se seca, enquanto a vegetação ao redor da marca permanece verde.

•Cozida - A planta apresenta-se cozida por algum tipo de radiação. A radiação microondas é a mais comum. Ela caracteriza-se por cozinhar a planta de dentro para fora, isto é, o lado de dentro irá estar mais cozido que fora. Isso pode ser melhor observado em microscópio.

•Queimada - A vegetação fica carbonizada, e é justamente este tipo o realizado por fraudadores de casos ufológicos.

•Efeitos fisiológicos de adubação - As plantas afetadas apresentam-se mais férteis, crescem mais rápido, são mais vistosas e vigorosas. Este tipo de fenômeno também foi observado nos famosos círculos ingleses.

** Obs: Note que podem ocorrer dois ou mais tipos em uma mesma planta afetada.

Solo afetado por energias desconhecidas – Notadamente em um solo afetado por fenômenos ufológicos costuma apresentar características peculiares e anormais. É comum em locais onde os OVNIs pousam, ocorrer os seguintes fenômenos:

•Solo totalmente esterilizado - é comum o solo manter-se estéril por vários anos. As plantas existentes no local no momento do pouso e morrem pouco tempo depois. Nenhuma outra planta vai nascer ali por muitos anos. Em alguns casos até mesmo neve não se deposita nestes locais. Nestes casos também são constatados altos índices de radiação.

•Solo super adubado - Uma pequena parcela de casos apresentam este tipo de efeito. Geralmente plantas que nascem nessas marcas apresentam-se mais vistosas, crescem mais rápido e produzem mais do que as plantas de fora da região afetada (ninho).

•Solo compactado - O solo pode apresentar-se extremamente duro e compactado. Em alguns casos para se reproduzir o efeito gerado pelo OVNI é preciso manter amostras de solo em fornos a mais de 10.000 graus Celsius, por várias horas.

Objetos afetados por energias desconhecidas - Objetos próximos ao local de pouso do OVNI podem apresentar alterações magnéticas ou eletromagnéticas. Convém medir índices de radiação e variações nestes objetos.

Efeitos fisiológicos observados em animais e seres humanos - Todo tipo de efeito na testemunha deve ser observado. Podem ocorrer diversos deles. Os mais comuns estão relacionados abaixo:

Contaminação por radiação - clique aqui para conhecer sobre efeitos de radiações em seres humanos

Alterações na saúde da testemunha - (diarréia, vômito, dores em algumas partes do corpo, etc.)

Marcas no corpo de pessoas ou animais - ( feridas, queimaduras, cicatrizes, estranhos sinais, hematomas, etc.)

Pegadas não identificadas – No caso de encontrar-se pegadas não identificadas deve-se fotografá-las e/ou filmá-las, medi-las e imediatamente fazer moldes em gesso.

Animais mortos em circunstâncias estranhas - Deve-se em primeiro lugar verificar pegadas próximas ao corpo do animal e se possível documentando o fato. Procure filmar e/ou fotografar a posição inicial em que o corpo foi encontrado. Em seguida verifique dados como: condições do corpo; estado de putrefação; presença de odor; partes do corpo ausentes; marcas deixadas no corpo, tipo de corte. Outros dados devem ser observados, tais como: presença de animais carniceiros, presença de radiação. Se possível procure coletar material (sangue e tecidos) para análises posteriores e se puder acompanhar-se de um profissional veterinário, melhor.

Outras - Critérios variam conforme o caso.

CONDUZINDO ENTREVISTAS

As testemunhas são nosso principal objeto de pesquisa, pois geralmente são elas que presenciam, denunciam, divulgam ou são vítimas do fenômeno ufológico. Sem seu depoimento a ufologia, a psicologia ou as Ciências Humanas, não seriam hoje o que são. Apesar de seu depoimento subjetivo, o pesquisador deve ter o critério de saber divergir depoimentos sérios de exageros que muitas vezes fazem parte da vida da testemunha. Exageros a parte, os depoimentos devem ser preferencialmente colhidos em gravadores pequenos para diminuir a inibição do depoimento. É justamente por esse fator preponderante que alguns grupos ufológicos de renome preferem ausentar-se de parafernálias tecnológicas, no caso o gravador, para não perder a autenticidade do depoimento. O problema é que a memória do pesquisador ou pesquisadores nem sempre é confiável e também apresenta subjetividade de sua parte que mesmo tentando ser neutro, não percebe sua influência. Portanto o uso do gravador, diminui os riscos subjetivos e aumenta o detalhamento da experiência, sem contar que também a emoção da testemunha pode ser registrada.

COMO PROCEDER NA ENTREVISTA

A princípio aconselha-se que a testemunha narre a história como se estivesse contando-a pela primeira vez. O pesquisador deve anotar suas dúvidas em uma prancheta enquanto observa atentamente o comportamento da testemunha. Nunca deve interferir na primeira audição. As perguntas somente devem ser realizadas após a testemunha terminar seu primeiro depoimento. Em seguida o pesquisador de posse das anotações da prancheta realiza seu interrogatório muitas vezes interrompido naturalmente pela testemunha que geralmente lembra detalhes esquecidos em seu primeiro depoimento.

OBS. IMPORTANTE: Nunca induza a testemunha acrescentando informações ao seu depoimento. Se ela não lembra de uma informação, tenha paciência e aguarde o momento certo para que ela possa lembrar-se do fato. Nesses casos uma técnica que funciona muito bem é voltar atrás alguns minutos repetindo o depoimento da testemunha, facilitando a lembrança da informação faltante.

MAIS DE UMA TESTEMUNHA

Se existe mais de uma testemunha elas devem ser advertidas para separarem-se no momento da investigação. Primeiro procure entrevistar uma de cada vez separadamente. Depois é recomendável que sejam novamente postas juntas, pois costumam corrigir-se mutualmente. Também serve para o pesquisador mais astuto notar quando uma história é real ou inventada. Outro recurso recomendado seria o de repetir a dose em outra data posteriormente. Os “exagerados” ou contadores de história costumam a cada vez que contam exagerar mais e mais suas histórias. Se os detalhes são minuciosos mas não mudam, mesmo que simples ou aborrecidos, são mais dignos de veracidade do que o contrário.

DESENHOS DE OBJETOS OU SERES FEITOS PELAS TESTEMUNHAS

Os desenhos são o principal fator preponderante em uma pesquisa de campo. Se o pesquisador tiver sorte a testemunha será um ótimo desenhista, mas advertimos que na maioria das vezes isso não ocorre. Geralmente somos nós, ou um amigo pesquisador que temos que pegar a caneta ou lápis e fazer os rabiscos. De qualquer forma é importante insistir com a testemunha que ela desenhe mesmo que com poucos traços e assine sua obra, para arquivo e comparação. Também aqui é necessário que as testemunhas desenhem ou descrevam o objeto ou criatura avistados separadamente dos demais e depois novamente um desenho em conjunto é recomendável. O pesquisador em questão sempre deve assinar ao final do trabalho seus relatórios e desenhos das testemunhas ufológicas.

NÍVEL DE CONHECIMENTO DA TESTEMUNHA

Saber o nível de instrução da testemunha é importante, mas mais ainda seria saber sobre seus conhecimentos sobre o assunto OVNI. Quanto maior seu conhecimento sobre o assunto maior as chances de invenções e comparações que podem prejudicar a seriedade da pesquisa. Nesse caso a ignorância sobre o assunto é preferivelmente aconselhável.

DICAS PARA VIGÍLIA

DICAS PARA VIGÍLIAS UFOLÓGICAS



É um dos mais interessantes trabalhos desenvolvidos por pesquisadores de campo. É onde existe a possibilidade real de um avistamento de um OVNI, a média ou curta distância. Para realizar tal tipo de atividade é necessário um preparo material, psicológico, técnico e científico. Aqui, iremos comentar sobre os procedimentos e conhecimentos necessários em uma vigília ufológica.


MOTIVO DA VIGÍLIA

Muitas vezes, iniciantes na Ufologia ficam eufóricos ao marcar um vigília ufológica. Quando o pesquisador ou grupo de pesquisadores iniciantes realiza tal atividade ignora certas coisas. Uma delas é o motivo que o leva a realizar uma vigília ufológica. Ele não leva em consideração que vai passar horas e horas olhando para o céu com a possibilidade de não ver absolutamente nada a não ser estrelas e alguns planetas.
Deve-se procurar realizar vigílias preferencialmente em locais onde estejam ocorrendo vários avistamentos em determinadas épocas, ou seja, em uma "Onda Ufológica". Em determinadas regiões, chamadas de áreas de incidência, o aparecimento de OVNI`s é um fato comum, por isso, são bastante recomendados.

A ESCOLHA DO LOCAL DA VIGÍLIA

O local onde poderá ser realizada a vigília deve preferencialmente ser limpo, se for em zona de mata. Procurar locais altos, que permitam ver longe o horizonte (por exemplo: altos de morros). Deve-se procurar conhecer a geografia do lugar, sabendo onde existem casas, estradas, ou outros dados interessantes. Recomenda-se ter um mapa do local à disposição. É importante sempre chegar antecipadamente, durante o dia para identificar os dados anteriormente mencionados.

PROCEDIMENTOS ANTERIORES A VIGÍLIA

Como já foi dito, antes da vigília deve-se visitar a região e identificar os principais acidentes geográficos do local. Recomenda-se verificar as condições meteorológicas para a data da vigília. Deve-se também assinalar as rotas aéreas que passam sobre a região. Outra medida que pode ser tomada é a aquisição de cartas celestes para a região. A carta é útil para determinação de rota e movimento de objetos voadores. Um programa que fornece cartas celestes para qualquer dia e horário, para qualquer local da Terra está disponível em português no endereço: www.stargazing.net/astropc/prog/

CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS

Quem pretende realizar vigílias deve ter alguns conhecimentos básicos para evitar problemas e erros. Os principais conhecimentos necessários estão listados abaixo:

** Conhecimentos Astronômicos - Numa vigília conhecimentos astronômicos são muito úteis, pois com eles pode-se:

- Reconhecer as principais estrelas e constelações que ajudam a determinar rotas seguidas por objetos.

- Reconhecer pontos cardeais sem auxílio de bússola.

** Conhecimentos Meteorológicos - Com conhecimentos meteorológicos é possível determinar:

- variações climáticas numa noite

- padrões característicos, durante um avistamento na região de estudo, quanto às condições de umidade, temperatura, vento, altitude do objeto (baseado em relação à altitude das nuvens [é possível determinar a altitude de uma nuvem em qualquer condição e horário.

** Conhecimentos Topográficos - Com conhecimentos topográficos e de posse de um mapa pode ser possível determinar distância de um objeto e provavelmente até o tamanho dele

** Conhecimentos Gerais - Saber diferenciar aviões, balões, fenômenos celestes, fogo fátuo, etc, para evitar erros de interpretação. No link fraudes e erros de interpretação você encontrará mais informações sobre como distingui-los.

EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA UMA VIGÍLIA


MÁQUINA FOTOGRÁFICA

É um bom meio de registro em caso de avistamento. No entanto a qualidade de um registro fotográfico varia muito devido à qualidade da máquina e do filme utilizado. Máquinas mais indicadas são aquelas com ajuste de exposição que permitem registrar até a trajetória do objeto fotografado. Quanto a filme fotográfico existe o 400 ASA que é muito bom para OVNIs de pouca luminescência, já testados e aprovados pelo Grupo Ufológico do Guarujá (GUG). Os de 100 e 200 ASA teriam que ter exposição, registrariam apenas os movimentos dos OVNIs e teriam que ser feitos com uma câmara profissional que permitiria esse recurso. Para câmaras comuns (automáticas) que estão em moda hoje em dia (dessas com flash embutido que disparam ou não sozinhas, você pode utilizar preferencialmente o de 400 ASA. Os de 1000 e 1600 ASA são sensíveis, mas mais caros, difíceis de achar e não permitem ampliações de qualidade pois granulam muito. Se você não achar o de 400 ASA use o de 200 ASA que é ainda superior ao de 100 ASA. O GUG já fez fotos com os dois tipos de máquinas e algumas variedades de filmes. Recomendam e nós também, em câmaras boas o de 400 ASA. Não esquecendo que o tripé é fundamental para uma foto de qualidade.


FILMADORA

É um bom meio de registro em caso de avistamento. É necessário o tripé. Procure filmar o movimento do objeto deixando a câmara o mais estática possível. Aproxime a zoom da câmara apenas uma vez. Fixe o foco em manual para evitar desfoques e deixe pontos de referência aparecerem na filmagem. Filmar casas, postes, árvores como ponto de referência são muito recomendáveis deixando as filmagens mais profissionais e fáceis de serem analisadas. Tendo pontos de comparação pode-se concluir distâncias e tamanhos dos OVNIs. Também é recomendável que seja inserido no início da filmagem, ou em algum ponto dela, a data e o horário da filmagem. Câmaras digitais permitem filmagens de melhor qualidade mas ainda assim deve-se evitar o uso de zoons digitais que apenas distorcem a verdadeira forma do objeto filmado. Zoons até 20 ou 25 x são recomendáveis, acima disso é exagero e devem ser evitadas.

BÚSSOLA

Serve para orientação e para detectar alterações no campo magnético local. Muito úteis em casos de pouso de objetos. Muitas vezes percebemos com a bússola alteração no campo magnético (giram constantemente) nesses locais de pouso.

CARTAS TOPOGRÁFICAS

Deve-se obter cartas e mapas da região pesquisada. Recomenda-se ter mapas topográficos, de solos e declinação magnética. Procure consegui-los em Departamentos especializados, Bibliotecas Públicas ou de Universidades.

CARTAS CELESTES

As cartas são muito úteis para determinação de rotas e movimentos dos objetos voadores não identificados. Um programa que fornece cartas celestes para qualquer dia e horário ou para qualquer local da Terra está disponível em português no endereço: www.stargazing.net/astropc/prog/
BINÓCULOS

O binóculo, ou lunetas tem enorme utilidade em caso de dúvidas com relação à alguma fonte de luz não identificada.

LANTERNA POTENTE

É comum em alguns casos ufólogos sinalizar com lanternas potentes para luzes não identificadas que em algumas vezes respondem na mesma freqüência/seqüência.

BLOCO DE ANOTAÇÕES

É sempre útil para anotar dados ou informações pertinentes em caso de avistamento e anotações gerais. Também é um ótimo lembrete para o ávido pesquisador.

PREPARO PSICOLÓGICO

Muitas pessoas partem para uma vigília sem um preparo psicológico. Elas desconhecem a natureza do fenômeno que buscarão encontrar. Um OVNI ao se aproximar demais testemunha pode despertar nela emoções diversas como alegria, êxtase, pavor, medo, choque e outras emoções fortes que podem, como já ocorreu, em casos graves levar até a morte. TODO CUIDADO É POUCO. Procure analisar-se antes de realizar este tipo de vigília. Pondere sobre seus motivos quais as providências que você tomará em caso de avistamento próximo. O que você fará caso o OVNI se aproxime demais, ou caso seus tripulantes o convidem ou não a um passeio. Reuniões em grupo devem ser realizadas e as atitudes discutidas, antes de realizarem as vigílias, pois nunca se deve ir sozinho.

O PERFIL DO UFÓLOGO

Ufólogo é o termo erroneamente dado à todo aquele que realiza atividades na área ufológica. Logos, em grego, quer dizer estudo. Assim ufólogo, deveria ser todo aquele que estuda ou pesquisa os OVNI`s. A maioria dos ufólogos já teve alguma experiência anterior com o fenômeno. Muitos deles, mesmo sem o perceberem, possivelmente já foram até abduzidos.

A mídia, principalmente a norte-americana, criou uma falsa imagem sobre os ufólogos. É fácil encontrar pessoas que acham que ufólogos são um grupo de malucos que se reúnem para verem naves no alto da montanha. Ou pessoas munidas de muitos parafernálias estranhas caçando discos voadores e coisas afins. A realidade é muito diferente.

O ufólogo deve procurar uma pessoa comprometida com a verdade, que busca fatos concretos por trás de um fenômeno. Deve procurar ser alguém com os "pés no chão", com o máximo de conhecimentos técnicos e científicos que puder adquirir em áreas distintas. Deve ser principalmente cauteloso em suas afirmações, pois estas podem trazer graves conseqüências. Deve ser alguém com coragem suficiente para buscar o desconhecido, enfrentar desaforos ou brincadeiras infantis. Deve ser alguém que não desanime ao ouvir comentários e gozações sobre suas idéias, e que não desista quando atiçarem cães sobre sua pessoa ou quando chovam canivetes.

Todas as áreas do conhecimento humano trazem contribuições à pesquisa ufológica. Conhecimentos astronômicos, meteorológicos, geológicos, topográficos e psicológicos, entre outros são extremamente úteis aos ufólogos. Portanto, bom pesquisador ufológico não deve apenas estudar exclusivamente Ufologia, mas também todas as áreas do conhecimento humano e aplicá-las à pesquisa ufológica.

Muitas vezes o cansaço e o desanimo vêm a tona, pois não é fácil pesquisar o insólito e o desconhecido, como não o foi para Copérnico, Galileu, Leonardo Da vinci e muitos outros. Lembre-se que você é o pioneiro. A ufologia tem apenas 55 anos, é muito nova e muito ainda há para ser estudado e muito mais para ser descoberto.

O trabalho em grupo é recomendável visto que em equipe o trabalho fica mais fácil e menos oneroso. Também é mais prazeroso dividir suas descobertas entre os seus ou publica-las em boletins específicos para esse fim.

EQUIPAMENTOS IMPORTANTES PARA A VIGÍLIA

Binóculo ou luneta
O binóculo é um instrumento imprescindível à pesquisa ufológica. Ele é útil em vigílias e em casos de avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs).

Máquina Fotográfica
A máquina fotográfica é necessária para documentar toda a pesquisa desenvolvida em torno de um fato. Para tal é necessário ter conhecimento básico em fotografia.

Filmadora
Uma filmadora é útil em vigílias ufológicas para documentar OVNI`s. Também é útil para documentar entrevistas com testemunhas.

Lupa
Uma lupa é útil para análise de amostras coletadas. Uma análise com lupa nesses materiais pode revelar dados interessantes. Também é bastante útil para análise de fotografias e negativos.

Bússola
Uma bússola pode indicar alterações magnéticas em materiais possivelmente afetados por OVNI`s. Quando isso ocorre a agulha da bússola fica desnorteada, geralmente girando rapidamente sem ater-se a um ponto fixo. Além de ajudá-lo na localização geográfica ela também pode ser útil, para determinar a rota de um objeto durante um avistamento.

Mapas
São úteis para mapear casos ufológicas e determinar áreas de incidência e linhas ortotênicas.

Contador Geiger
São aparelhos utilizados para medir a intensidade da radiação presente em uma área ou objeto. Também existe no mercado um cartão descartável que é utilizado para reconhecer a presença ou não da radiação letal ao ser humano, quando muda de cor. De custo acessível protege e mantém a segurança da pesquisa enquanto não se tem um aparelho medidor ideal para casos envolvendo o pouso de objetos ou ninho.

Detector de Campos Eletromagnéticos (magnetômetros ou eletro-sensores)
São úteis para detectar alterações no campo eletromagnético local. Eles medem em “gaus”. Em algumas situações os OVNI`s provocam fenômenos eletromagnéticos que podem ser medidos com um desses aparelhos.

Gravador
Um gravador é muito útil para a pesquisa ufológica. Pode-se gravar toda a entrevista realizada com a testemunha ou o informante, para uma análise posterior. Algumas pessoas já gravaram os sons que os OVNIs emitem permitindo posteriormente, uma análise mais apurada.

Microscópio

Nos tempos atuais, microscópios de várias marcas e modelos, podem ser adquiridos no mercado a preços variados. Dos mais baratos aos de elevado custo. Geralmente são encontrados em óticas ou lojas de revelação de filmes ou em shopping. Com microscópio que possua um pequeno aumento de 100x já se pode analisar amostragens como as mencionadas anteriormente, ou analisar riscos e/ou variações na gelatina dos negativos, das fotografias dos supostos OVNIs.

Cronômetro de Precisão

Com dois (2) cronômetros pode-se analisar criteriosamente as disfunções (ou desincronias) temporais caso elas existam. Como são aparelhos caros e de difícil acesso recomendamos apenas àqueles que possam adquiri-los. Com dois cronômetros preferencialmente pequenos – em detrimento dos grandes, pois é possível que a massa dos corpos possa influir em sua suscetibilidade às "variações sincrônicas",– pode-se medir ao mesmo tempo o decorrer do tempo dentro e fora de uma região de pouso (ninho) ou local e incidência misteriosa como mutilações, avistamentos, objetos que estiveram próximos a um tripulante de OVNI, etc. Os cronômetro devem ser precisos e exatamente iguais, devem ser testados a caminho da pesquisa e no momento da experiência deve ser cuidadosamente realizado. Ambos os cronômetros seriam inicializados simultaneamente, um deles seria posto o mais próximo possível da região do pouso (ninho) ou do corpo de um animal mutilado – talvez coberto por ele –, depois de um tempo determinado, o cronômetro seria retirado e o tempo percorrido por ambos comparado. Se for encontrada algum tipo de variação entre os dois marcadores, mesmo que de microsegundo, deve ser anotada para posteriormente calcular-se a diferença permitindo inclusive mensurações e conseqüentemente gráficos estatísticos.

INVESTIGAÇÃO OVNI

Como se investigam os OVNIs? Mas sim podemos aportar um repertório de métodos de atuação para quando se apresente a oportunidade de estudar um fenômeno estranho. Este guia procede de nossa experiência de cerca de três décadas dedicadas à ufologia, mais o conhecimento adquirido da prática desenvolvida por pesquisadores em outros países.

A ufologia é o agregado de informação que possuímos sobre os objetos voadores não-identificados, e a investigação de campo é o meio de obter a matéria-prima (os dados) que define o fenômeno OVNI. Formam-na métodos e técnicas aplicadas à pesquisa, verificação e análise dos informes de observações insólitas na atmosfera ou próximas do solo.

O fim primordial da investigação sobre o terreno de casos OVNI é a aquisição de informação realista sobre os avistamentos. Mas quais são os dados relevantes e como consegui-los? O prelúdio de qualquer pesquisa é conhecer a personalidade da testemunha. O pesquisador deve indagar sobre o entorno sócio-familiar da testemunha, seus passatempos, obsessões, idéias, etc. Quanto mais estranha for a narrativa do suposto perceptor, maior profundidade é requerida sobre a psicologia da testemunha. O ufólogo deve incluir em sua pesquisa médicos e outros especialistas em ciências humanas, que sejam capacitados a proferir julgamentos sobre a saúde corporal ou mental do sujeito.

Embarcados já no interrogatório, antes de mais nada deve-se deixar que o observador testifique de A a Z sobre a experiência que diz ter vivido. Apenas depois é conveniente solicitar pontualizações. A data, hora e a duração do acontecimento são parâmetros temporais a anotar com precisão. Importa determinar a localização do objeto no espaço, direção e altura angular. Deve-se reconstruir os fatos em tempo real, buscando inconsistências no relato (caso não hajam, o testemunho adquire mais peso, caso existam, convém desconfiar da história). As condições meteorológicas e de visibilidade do momento, a familiaridade da testemunha com a área e sua acuidade visual também devem ser determinadas sem falta.

Façamos mil e uma perguntas sobre a aparência e estrutura do fenômeno observado e solicite-se à testemunha que desenhe espontaneamente o que viu. Devemos documentar minuciosamente a dinâmica do objeto, a trajetória de seu movimento na rosa dos ventos, sua velocidade aparente, mudanças de altura, acelerações, imobilizações, etc. De todo aconselhável é servir-se de bons formulários de pesquisa de organizações como o CEI[1], livros de investigação[2] ou manuais[3].

A altura a que se encontrava o fenômeno pode ser determinada se se conhece a distância (D) do observador à vertical do OVNI e o ângulo (&) formado pela horizontal com o objeto mediante a simples fórmula:

Altura = tangente & x D

Que também podemos aplicar ao diâmetro real do objeto, tomando agora (&) como a dimensão angular do OVNI. Comparemos seu tamanho aparente com diversas partes da mão estendida que o objeto poderia tapar: se com o dedo polegar (2 graus), o punho cerrado (10 graus) ou a mão aberta (20 graus). Saiba-se que a medida angular da Lua cheia é apenas de 0,5 graus.

Outra versão, para calcular o diâmetro do OVNI na reconstrução dos fatos, consiste em imaginar que se olhe para o objeto, enquanto se sustenta uma régua com o braço estendido (distância ao olho d), e anotar qual era sua dimensão aparente (a); assumindo que conhecemos a distância de sua posição à perpendicular do OVNI (D), temos então:

diâmetro = (a x D) / &

Já que falamos de fórmulas, citarei uma simples que podemos usar ao examinar fotos de supostos OVNIs, com o fim de que o investigador possa verter em seus informes maior precisão que a dada pela própria testemunha. Chama-se análise fotogramétrica ao processo pelo qual se avaliam as fotografias. Para chegar a conclusões exatas relativas ao tamanho verdadeiro de um objeto fotografado, a distância e inclusive a velocidade que possua, usam-se métodos de geometria projetiva combinados com leis da ótica.

Tomemos esta equação básica:

I = (d x f) / D

Onde (I) é o tamanho da imagem registrada no filme fotográfico, (d) é o diâmetro real do objeto fotografado, (f) é a distância focal da câmera e (D) é a distância entre o fotógrafo e o objeto. Daí se deduz que o diâmetro (d) do suposto OVNI é:

D = (I x D) / f

(Naturalmente o maior erro se introduz aqui na estimativa da distância do objeto).

A que altura se encontrava um objeto em função das massas de nuvem? Às vezes lemos informes que dizem que um objeto dado foi ocultado pelas nuvens. Se fazemos uma consulta ao centro meteorológico da região e solicitamos que nos informem o tipo de nuvens que se apreciavam na hora do avistamento, podemos ter uma indicação da altura, já que cada uma das classes de nuvens se situa a um nível determinado que os meteorologistas conhecem e que cifro a seguir, esperando que seja de alguma ajuda:

- Menos de 2.500 metros: nimboestratos, estratocúmulos e estratos.

- De 2.500 a 6.000 metros: altocúmulos e altoestratos.

- De 6.000 a 12.000 metros: cirros, cirrocúmulos e cirroestratos.

- De 2.500 a 13.000 metros: cúmulos.

- De 3.000 a 18.000 metros: cumulonimbos.

Se o sujeito manifesta ter sofrido efeitos fisiológicos, o investigador deve registrar o quadro de sintomatologia (síndrome). Quando o fenômeno afeta a automóveis, equipamentos elétricos ou luzes, é imperativo que se recolha a descrição das interferências ou efeitos que tiveram lugar. E quando existam sinais materiais devidos à interação física do fenômeno com o ambiente, deve precisar-se a forma e dimensões das marcas, realizando esboços do lugar de aterrissagem e tomando amostras da terra afetada (e de outra não afetada que sirva como padrão de comparação), sem esquecer de fotografá-las, naturalmente. O ufólogo deve estar equipado com as ferramentas necessárias para obter moldes das marcas, que sirvam para guardar a longo prazo a silhueta tridimensional das marcas.

Quando se tratem de vegetais, assinalemos qual é o estado das plantas que sofreram o impacto do fenômeno. Em geral, qualquer traço ou resto encontrado no lugar dos autos tem que ser documentado com precisão. Diante da possibilidade, remota, de que o pesquisador se depare com vestígios ou substâncias procedentes do OVNI, os fatos devem ser levados o mais rápido possível ao conhecimento de investigadores mais qualificados para que se proceda com prontidão à análise química ou metalúrgica dessa evidência.

Se se denuncia a presença de “ocupantes”, devemos perguntar por suas características morfológicas, anatômicas e suas pautas de comportamento, sem esquecer a descrição de sua vestimenta ou equipamento. O uso da hipnose como modo de aprofundar as lembranças da testemunha é de todo desaconselhável, tendo em conta as múltiplas desvantagens dessa técnica. Em qualquer caso apenas peritos profissionais alheios ao tema OVNI poderiam levar a cabo o exame com alguma garantia de êxito.

Um bom investigador deve ter sua maleta de pesquisa sempre pronta para a saída a campo. Não deve faltar, por exemplo, além de formulários especializados para cada tipo de caso potencial, um catálogo de cores, bolsas esterilizadas para armazenar resíduos sólidos ou líquidos, um pegador metálico para o recolhimento de amostras de solo, um penetrômetro para calcular a pressa aplicada no solo, um termômetro medidor da temperatura do terreno, assim como simples medidores de umidade, salinidade ou pH do solo, um goniômetro para determinar as dimensões de um objeto conhecendo o ângulo visual e a distância, um comparador para que a testemunha determine o tamanho aparente do objeto, gravador de som, mapas locais, câmera fotográfica, fita métrica, etc., sem esquecer um bom manual para estes equipamentos.

A investigação de campo tem pouco ou nada a ver com a entrevista jornalística, já que esta assume que o que se conta é verídico e as afirmações do entrevistado não atravessam nenhum filtro crítico. A pesquisa ufológica, ao invés, deve entender que muito provavelmente a declaração da testemunha seja errônea, já que nove de cada dez casos têm explicações cândidas. Aos mais jovens peço que se esforcem por desterrar preconceitos e que jamais suplantem o peso da evidência por uma crença pré-concebida.

Ao enfocar os problemas da subjetividade dos informes OVNI devemos reconhecer aqueles que se associam com a percepção. A partir do acontecimento inicial distante, uma quantidade de energia no espectro visível chega ao olho, cujo órgão sensorial é estimulado. Mas, no processo de transmissão, esta energia pode acabar distorcida por muitos fatores atmosféricos. Instalado já na retina o estímulo próximo, este pode se empobrecer devido a várias ambigüidades na estimativa de tamanhos, distâncias e outros parâmetros. Nem sequer a forma do estímulo visual pode representar inequivocamente a forma do objeto distante. A codificação do estimulo pelos neurônios, isto é, a sensação, pode acabar alterada pelo estado fisiológico da testemunha e seu entorno sensorial.

A percepção é o processo da identificação do objeto distante, o que se realiza necessariamente mediante um processo de interpretação. Para objetos aéreos, a forma, tamanho, distância, direção e velocidade ficam basicamente indeterminados. Segue-se o processo de cognição – o juízo ou convicção que uma pessoa tem do significado de algo –, que resulta muito afetado pelo estado mental, a expectativa e sugestão da testemunha (que, por sua vez, derivam de suas idéias, opiniões, experiência e crenças). Tudo isso afeta as conclusões do observador, cujo testemunho, finalmente, fica mediado pela forma de perguntar do pesquisador, o grau de memória do sujeito, etc.

Em suma, nos encontramos diante de uma seqüência física e psicofisiológica muito complexa pela qual a percepção de um fenômeno se combina com as concepções prévias do observador acerca do mesmo e as circunstâncias ambiente nas quais ocorre a percepção. Estas dificuldades não devem ser tomadas com pouco caso nem de soslaio, como fazem, por desgraça, os que recorrem ao sensacionalismo e à imprensa amarela ufológica.

As provas fotográficas requerem o maior cuidado e proteção. Os negativos originais devem ser analisados por pessoal qualificado, para o que é absolutamente imprescindível que se recolham dados da câmera, filme, velocidade ou exposição da tomada. Aplicando técnicas da era espacial à investigação OVNI, estudam-se fotografias OVNI mediante computadores digitais que permitem conhecer detalhes mascarados e dados objetivos dos ditos documentos gráficos, através do manejo eletrônico das imagens.

O ufólogo deve estar familiarizado com os estímulos do céu e da terra que normalmente – em todas as partes do mundo – mais confusões provocam. O investigador tem um objetivo prioritário: varrer o lixo observacional e ficar apenas com as peças incomuns. Se os corpos astronômicos (Vênus, a Lua, planetas, estrelas) criam muitos equívocos, este é um campo do conhecimento que o estudioso tem que dominar. Os meteoros, tanto os procedentes de radiantes cíclicas como os bólidos esporádicos, devem ser matéria de atenção para o investigador, já que um dos tipos de equívoco mais espetaculares e repetidos tem a ver com estes fenômenos.

Checar é o verbo chave. Nossa obrigação primordial é comprovar, verificar, examinar, contrastar. Se por essa hora sobrevoava a zona algum avião, se houve um lançamento de míssil ou uma experiência espacial, se um programa de balões-sonda, se a reentrada de um satélite artificial... uma enorme etcétera de possibilidades a excluir. Resulta trabalhoso? Afirmativo. Converte em estéreis ilusionantes experiências OVNI? Obviamente. Revistas outrora comerciais não aceitam artigos desmistificadores? Pois sim. “Roma não paga aos traidores”, pensam os editores acerca daqueles que resolvem o que de outra forma é manipulável e vendível.

Daí que um exame de consciência particular é inescusável: qual é sua motivação? Se é ter um hobby cômodo, se é crer em algo fantasioso ou se é viver do conto, esqueça-se da ufologia séria. Ou não acredite que está exercendo o trabalho de investigador. Sua atividade é outra.



O Fenômeno Aterrissagem
Entre 1968 e 1988, aparte dos estudos esporádicos sobre outros aspectos do fenômeno, minha dedicação ufológica principal se inclinou aos chamados contatos imediatos com OVNIs, como os chamou meu mentor J. Allen Hynek e Steven Spielberg popularizou em seu filme. Apesar de vinte anos de especialização serem muito, resulta objetivamente difícil tirar conclusões sólidas, definitivas ou imutáveis neste complicado tema. Para começar, porque não sabe se o que lhe contam as testemunhas é o que verdadeiramente ocorreu. Esta ufologia é uma autêntica sala de espelhos curvos que deformam sua imagem, com a diferença de que em lugar de fazê-lo rir isso lhe irrita, porque o impede de alcançar o fundo real do testemunho. Desta forma, creio que estão mais do que justificadas algumas notas em forma de sumário de tal trabalho.

Em 1987 publicou-se minha obra Enciclopedia de los encuentros cercanos com ovnis, de autoria conjunta com Juan Antonio Fernández, na qual se documentam os detalhes mais significativos de 230 aterrissagens OVNI ocorridas na Espanha e Portugal, de um total de 585 informes recolhidos (os 355 restantes foram explicados convincentemente). Submetemos a casuística a um estudo estatístico inicial, com o propósito de responder a algumas perguntas básicas: “Quantos casos ocorreram e quando ocorreram?”, “O que são as ondas?”, “A que hora costumam aparecer os OVNIs?”, “Onde sucedem majoritariamente?”, “Em que proporção há ocupantes?”, “Quantos fenômenos produzem efeitos físicos?”, “Quão documentados, estranhos e críveis são os informes OVNI?”.

Nosso catálogo de aterrissagens registra o primeiro caso em 1935 e o último em novembro de 1985 (o censo foi encerrado em 1986). Globalmente falando há um incremento progressivo do número de casos desde a década de cinqüenta até a década de sessenta, detectando-se um sensível decréscimo na década de oitenta. Atualmente o nível de informes significativos está “abaixo do mínimo”. De fato, para encher algumas páginas, os articulistas têm que recorrer a estrepitosos erros de observação (reentradas ou bólidos) quando falam de casos recentes; menos mau que a desclassificação militar de arquivos OVNI tenha lhes dado fonte para sensacionalismo...

A distribuição do fenômeno OVNI, na modalidade aterrissagem, não é homogênea, apresentando máximos e mínimos de magnitude desigual, repartidos irregularmente. Aplicando a teoria de processos de Poisson à taxa anual de aterrissagens, observamos que acima da média se destacam notavelmente os anos 1950, 1954, 1968, 1974-76 e 1978. A estes períodos chamamos de ondas (cuja natureza não prejulgamos).

Com relação à distribuição mensal dos informes, destaca-se significativamente agosto, que inclui mais de 20 por centro do total. Os três meses de verão excedem em muito os informes acumulados em outras estações. Este resultado tem provavelmente uma causa de ordem sociológica. Por dias da semana, a dispersão estatística é a que seria esperada por sorte, à exceção do pico do domingo, que devemos também interpretar em termos sociais.

Tabulados os informes segundo a hora do dia, comprova-se em seguida o caráter noturno do fenômeno aterrissagem. Poucos casos nas horas diurnas, crescendo em atividade a partir das seis da tarde e chegando ao nível máximo ao redor das onze da noite, para cair abruptamente a partir da meia-noite. Nas seis horas que vão desde as sete da tarde até a uma da madrugada se dão 64 por centro dos casos. É pela luz que emitem ou porque durante a noite “todos os gatos são pardos”?

Há províncias mais ricas em avistamentos que outras. Por exemplo, Barcelona, Cádiz, Huelva, Lérida, Sevilha e Valencia. Outras apenas registram incidentes, como Alava, Almería, Jaén, Orense, Pontevedra, Segovia, etc. É evidente que as regiões onde há mais investigadores são a fonte de maior número de informes. Examinando o número de casos por província com respeito à densidade da população, encontramos uma correlação baixíssima, o que indica que a taxa de habitantes de uma região não incide na fenomenologia que a região aporta. (Há anos se supôs, equivocadamente, que o número de casos em uma área era inversamente proporcional a sua população).

Em 54 por cento dos contatos imediatos com OVNIs na Espanha se constatam efeitos físicos, fisiológicos, fitopatológicos ou psicológicos, incluindo marcas no solo. Com relação à suposta aparição de “seres humanóides” procedentes dos objetos, há denúncias disto em 17 por cento dos casos. O informe típico de aterrissagem responde a um nível de qualidade de informação de 0,7 (medida da excelência da pesquisa que vai de 0 a 1), um nível de estranheza médio e um nível de credibilidade (fiabilidade que merece a testemunha) de 0,6. Os três fatores combinados resultam em um índice de segurança de 15 por cento, que excede o umbral mínimo que se atribui aos casos que têm valor científico potencial.



A Validez do Testemunho
O grande debate intelectual que se deve à ufologia é a objetividade ou subjetividade dos testemunhos. A palavra chave aqui é indiscernibilidade, a suposta qualidade de alguns avistamentos (os de objetos voadores não-identificados) sobre outros (os de objetos voadores identificados), pela qual as propriedades dos primeiros são intrinsecamente diferentes das dos segundos e, em conseqüência, têm origem e natureza distintos.







Analisando um listado de 24.000 informes mundiais, segundo o número de testemunhas, encontra-se que há apenas uma testemunha em 37 por cento do total e duas ou mais nos 63 por cento restantes. Se seguidamente nos fixamos na relação existente entre o número de observadores e a proporção de casos anormais, vemos como aumenta progressivamente a porcentagem das manifestações mais insólitas à medida que é menor o número de testemunhas oculares. Resulta suspeito que seja a testemunha única a que sistematicamente conte as experiências mais anormais.

Por outro lado, um estudo de milhares de informes OVNI denunciados à Força Aérea dos Estados Unidos, nos quais os casos se dividem em quatro grupos segundo seu nível de documentação (duvidosos, pobres, bons e excelentes), permite comprovar como a porcentagem de observações que não puderam ser explicadas aumenta sucessivamente à medida que se dispõe de mais e melhor informação. Assim que a bola continua no jogo da incerteza.




Ecologia Alienígena


Se os OVNIs são corpos reais ou, ao menos, fenômenos físicos, em contraposição a sua possível imaterialidade (processos alucinatórios) ou irrealidade (fraudes), devem necessariamente exercer efeitos constatáveis no meio ambiente quando se deslocam ao nível do solo. A isto chamo ecologia das aterrissagens.

Compus um inventário de casos nos quais o fenômeno anômalo descrito pelas testemunhas chegou a produzir efeitos (vestígios físicos) no solo ou nas plantas, seja qual seja sua forma, incluindo marcas, perfurações, queimaduras, esmagamentos, desidratação vegetal, depósitos, pegadas, etc. Sua finalidade é auxiliar no aprofundamento nesta fenomenologia específica, dar lugar a nova verificação de casos, servir de incentivo para que se aporte material adicional e, finalmente, adiantar algumas conclusões básicas do conjunto de dados disponíveis.

A informação recolhida procede dos arquivos que fui criando nos últimos trinta anos. Seu processo de alimentação e crescimento foi aleatório, já que convergiram de uma multiplicidade de fontes e publicações. Mais de uma centena de colaboradores contribuíram, de uma forma ou outra, para que se alcance o nível de documentação existente na atualidade, base das conclusões a que cheguei.

Temos a responsabilidade de relativizar o valor intrínseco dos casos de “OVNIs que deixam vestígios”. Quando o observador ou informador não pode aportar provas visíveis das mesmas, então sua existência só tem o mérito que atribuímos a seu próprio testemunho, nem mais nem menos. E quando dispomos de evidência física – se o pesquisador pode ver os vestígios ou se existem fotografias –, ainda restam duas possibilidades potencialmente desmistificadoras, que nenhum ufólogo objetivo deve desconsiderar: que os vestígios não tenham relação real com o fenômeno, ou que estes tenham sido fabricados (o que requer, obviamente, uma maior elaboração por parte da testemunha fraudulenta).

Feitas as ressalvas anteriores, meio século de casos OVNIs ocorridos em solo espanhol produziram alguma constância de sua presença. São casos para os quais carecemos de explicação, ao menos hoje em dia. Passemos a que dão lugar. Quando se descobriu a evidência deixada pelo fenômeno? Mais da metade dos efeitos no entorno foram descobertos imediatamente ou em poucas horas. Uma quarta parte mais entre dois e quinze dias depois do avistamento; e o resto, transcorridos meses ou anos (!), ou mesmo o dado é desconhecido.

Os vestígios foram vistos por pessoas alheias às próprias testemunhas? Em 31 casos (60 por cento), investigadores – principalmente – ou jornalistas apreciaram as marcas deixadas pelos OVNIs; em 17 casos (33 por cento) não há testemunhos independentes que possam confirmar o relatado pelos observadores; e em 4 casos (7 por cento) não existem elementos para responder. Que eu saiba, os vestígios correspondentes a 25 casos (48 por cento) foram fotografados.

Uma das características mais acusadas da presença destes fenômenos na cercania da terra são os efeitos que exerce sobre os vegetais: pastos, grama, arbustos, erva, musgo, plantas de batata, centeio, cardos, vegetação, oliveiras, segundo os casos conhecidos, sofreram danos pela descida destes corpos não-identificados. Ao decompor tais efeitos em grupos, contando as ocasiões em que estes se manifestam (o número de vezes não é igual ao de casos, já que um caso pode apresentar vários efeitos ao mesmo tempo) temos que:

- Queimadura: 15 (vegetação queimada, carbonizada, chamuscada, fumegante, quente, calcinada, são os termos usados para descrever este efeito).

- Esmagamento: 14 (vegetação simplesmente prensada ou descoberta de pegadas no lugar da aterrissagem).

- Ressecamento: 7 (vegetação seca, murcha, desidratada, amarela – não queimada –, são as descrições usuais das testemunhas).

- Sem crescimento: 3 (vegetação com desenvolvimento inibido na zona).

- Folhas caídas: 2

- Ramo partido: 1.

A vegetação pode ficar afetada em várias formas geométricas, mas sobressai a circular ou de redemoinho. Em aqueles casos em que se conhece o diâmetro do “círculo OVNI”, este pode agrupar-se assim: de 1 a 5 metros, 3 casos; de 6 a 10 metros, 5 casos; de 11 a 15 metros, 2 casos. Quando a extensão afetada não é circular, cobre zonas quadradas, retangulares ou irregulares, de superfícies variadas que vão desde os 4 até os 700 metros quadrados.

Em solos sem vegetação, o sinal mais típico do assentamento de um fenômeno dos chamados OVNI é a aparição de buracos, perfurações, fossas, rachaduras, terra removida, marca de arraste, etc., em forma irregular e de profundidade, tamanho e número diverso. Contabilizam-se alguns casos de achatamento de terra, pó ou terra removida, em forma circular com diâmetros conhecidos de 1, 2 e 2,6 metros. Também encontramos o que parece ter sido o resultado de uma manipulação do terreno (solo, rochas) ou paredes. Por último, há uma miscelânea formada por efeitos individuais, como brilho no cimento; coloração de roupa, pele e carroceria; marcas em um automóvel; orifício em um espelho retrovisor, e manchas no rosto, mãos e roupa.

Ainda que vários incidentes contem que os OVNIs se apoiavam no solo sobre suportes, em apenas oito casos se encontrou o que poderíamos chamar propriamente de pontos de sustentação ou “trem de pouso”, em contraposição ao descobrimento de meros buracos irregulares. A configuração triangular prima com cinco exemplos, se bem que díspares: sinais de um tripé, dois triângulos eqüiláteros (2 e 3,9 metros de lado, respectivamente), um triângulo isósceles de 1,5x2 metros e um triângulo de 1,6x1,1x2,3 metros. Um quadrado de 0,36 metros de lado, um retângulo de 1,76x1,3 metros e um pentágono de 1,3 a 2 metros encerram o censo. Como se vê, geometrias e medidas bem heterogêneas.

Oito informes incluem menção de pegadas ou marcas de “calçado” dos supostos tripulantes que disseram ter sido vistos. Dos quatro casos nos quais se conhece seu comprimento, em três apareceram pares de pegadas de tamanhos diferentes, de 13, 14 e 15 centímetros e de 30, 32 e 39,5 centímetros, respectivamente. Em outro caso se cita 42 centímetros.

Nas várias oportunidades em que se analisou a vegetação ou o solo, nunca se encontrou rastro anormal algum. Apenas se constatou a produção de um processo calorífico acentuado, informação que deveria aportar alguma pista sobre a natureza do fenômeno. Todas as medidas de radioatividade não natural foram negativas.

Revisados em seu conjunto os “dados ecológicos” do problema OVNI na Espanha e Portugal, minha investigação trouxe à luz a enorme disparidade e variedade dos vestígios encontrados. Isto, sem desculpas, tende a contradizer a noção de que todas as experiências de contatos imediatos com OVNIs obedecem à manifestação de um mesmo – e único – fenômeno. Se bem pode argumentar-se sobre condições do tipo de terreno, tempo de exposição, etc., as diferentes tipologias de vestígios convidam a pensar que há vários estímulos físicos (provavelmente meteorológicos) em ação para produzi-los. O relâmpago globular, redemoinhos, vórtices de Meaden, efeitos ambientais dramatizados, etc., devem ser incluídos na lista das potenciais explicações para uma grande parte destes casos.

Compete ao ufólogo, em suma, eliminar todas essas causas parasitas durante o desenvolvimento da investigação de campo, para conseguir circunscrever nossa amostragem de fenômenos estranhos aos termos mais irredutíveis possíveis. Urge realizar pesquisas cujo nível descritivo dos efeitos ecológicos, medições, comprovações e fotografia seja de maior amplitude e qualidade que até o presente, com o fim de que estejamos algum dia – próximo – em condições de inferir conclusões válidas sobre a origem do fenômeno OVNI.



Abduções
Atualmente, o nível máximo de estranheza (e de subjetividade) na fenomenologia OVNI corresponde às abduções ou supostos seqüestros de seres humanos por parte de não menos supostos extraterrestres. Este tema está conseguindo obcecar os ufólogos dos Estados Unidos, onde quase podemos dizer que os únicos casos que afloram hoje em dia são de abduções. Já não se observam majoritariamente OVNIs no ar, nem sequer aterrissagens com seus arquetípicos humanóides, agora muitas pessoas dizem ter sofrido experiências de abdução, e a qualquer um que tenha tido um pesadelo procede-se à hipnose, com o conseguinte nascimento de uma história de seqüestro marciano.

Minha avaliação pessoal do fenômeno abdução[9] está baseada nos casos dados a conhecer na Espanha até finais dos anos oitenta, isto é, antes que as revistas começassem a tratar com certa freqüência este tipo de aparição (e, por isso mesmo, com anterioridade a que mais gente brotasse com sua fábula). Minha opinião se apóia, ademais, em uma exaustiva revisão crítica do publicado sobre o assunto, principalmente em inglês, complementada com freqüente correspondência com destacados especialistas europeus, norte-americanos e australianos. Não falo baseado em nada, certamente.

Vejo que a história da ufologia marca a transmutação entre dois fenômenos: das desacreditadas e ingênuas histórias dos contatados dos anos cinqüenta temos passado às “respeitadas” abduções, contemporâneos e sofisticados relatos da era da tecnologia. No sempre mais difícil todavia da casuística, as dramáticas abduções de hoje substituem os obsoletos contatos do alvorecer da era espacial.

Os seis casos de abdução então conhecidos na Espanha podem ser explicados em função de fraudes e psicoses. Nenhum daqueles incidentes aportou a menor prova material que certifique a realidade da permanência de um humano em uma nave espacial extraterrestre. Nem tampouco nenhum dos casos conhecidos depois. Minha análise de cerca de 300 informes mundiais de abdução colocou em evidência que quando casos sensacionais são publicados pelos meios de comunicação em massa se exerce um efeito propagandístico ou de “estopim” que faz surgir posteriormente numerosos relatos de abdução, a sua imagem e semelhança.

Os estudos de casos clássicos de abdução (o casal Hill, Pascagoula, Travis Walton, Betty Andreasson, etc.) apontam a fraudes puras ou estados psicológicos aberrantes como causadores da experiência mental da abdução. A cumplicidade propagandística de famosos autores de livros levanta e sustenta o mito.

Estou plenamente convencido de que a síndrome de abdução tem natureza psicológica e as narrações de abdução procedem de experiências internas não físicas, copiadas de relatos publicados, mais as conhecidas fraudes. E quem sustente o contrário o que deve fazer é, pura e simplesmente, apresentar a evidência da realidade desses eventos.



Radiações Letais
Situemo-nos em 4 de julho de 1969; a localidade é Anolaima, povoado a sessenta e cinco quilômetros de Bogotá (Colômbia). O assombroso incidente que segue começou às oito horas da tarde daquele fatídico dia. Mauricio Gnecco, de treze anos, viu como uma luz rosa-amarela se movia no céu de leste a oeste quando se encontrava no exterior de uma granja em companhia de seu amigo Enrique Osorio, de doze anos.

Chamou então a outras quatro crianças que estavam brincando no interior e aos adultos Arcesio e Lucrecia Bermúdez, Rosa Ortiz e Luis e Evelina Carbajal. As onze pessoas juntas viram o fenômeno: uma potente luz havia descido até o solo a uns 200 metros de distância.

O jovem Mauricio pegou uma lanterna e focou várias vezes a fonte luminosa, a qual se aproximou da casa a grande velocidade, e ficou suspensa alguns segundos entre as árvores situadas a uns 50 metros das testemunhas. O objeto, de cor entre o amarelo e o alaranjado, tinha uns dois metros de altura, uma espécie de “arco de luz” que o rodeava e duas “pernas luminosas” azuis. Não se escutava nenhum som.

Um dos adultos, Arcesio Bermúdez, pegou a lanterna e correu em direção do objeto. Sua irmã o seguiu, mas na escuridão da noite tropeçou e caiu ao solo. Arcesio chegou a uns 7 metros do objeto. Quando regressou à granja disse que viu uma “pessoa” em seu interior. Descreveu o ser como normal em sua parte superior mas sua anatomia inferior parecia ter a forma de uma letra “A” luminosa. O OVNI então se elevou e desapareceu no céu.

Dois dias depois da observação, Bermúdez caiu seriamente enfermo e sua temperatura corporal baixou a 35 graus centígrados. Dias mais tarde teve “vômitos negros” e diarréia, acompanhada de fluxo de sangue. Foi levado a Bogotá em 12 de julho. Às 23:45 horas falecia. O atestado de óbito, assinado pelo doutor César Esmeral, diagnosticava a causa da morte como gastroenterite. Nenhum dos médicos que o atenderam sabiam de sua experiência com o objeto não identificado.

Pesquisas com as testemunhas, realizadas por psicólogos qualificados, aportaram testemunhos idênticos. Investigadores da APRO norte-americana levaram as roupas e o relógio do falecido ao Instituto Colombiano de Asuntos Nucleares, onde lhes indicaram extra-oficialmente que os sintomas da enfermidade do senhor Bermúdez pareciam similares aos causados por uma dose letal de raios gama.

O leitor não deve estranhar. A resposta biológica ao fenômeno OVNI existe, é múltipla e está muito documentada[10]. Na Espanha contamos com alguns episódios também surpreendentes, como mostrarei a seguir.

Segundo informaram os membros do Grupo Charles Fort (uma associação ufológica vallisoletana ativa nos anos setenta), J. Macías, C. Blasco e o padre dominicano A. Felices, às 6:30 da tarde de 17 de julho de 1975 Emiliano Velasco passava o trator em seu campo de Pedrosa Del Rey (Valladolid). De repente, escutou um ruído estranho. Terminou de arar o sulco, chegou ao limite da porção, girou o trator e contemplou, alguns metros em frente, um objeto que flutuava sobre o terreno emitindo uma forte luz prateada. “Era como uma lata [de cerveja, por exemplo]. Tinha como uma espécie de chapéu na parte superior e uns pés em forma de V. Além disso, uma espécie de cinto al redor do aparato e em cima duas janelas. Em um lado saíam umas antenas, como um leque”, foi a descrição que fez. Suas dimensões eram de 3x3 metros.

O objeto, em seguida, efetuou várias evoluções rodeando o veículo da testemunha. Eram movimentos em forma de círculos concêntricos que sucessivamente encurtavam a separação entre a insólita máquina e Velasco. Ao largo de meia hora o agricultor foi deslumbrado em duas ocasiões por uma “labareda” procedente do objeto voador, cujas aberturas se iluminavam em uníssono. Na segunda vez a testemunha ouviu um potente silvo, que foi acompanhado pela ruptura de um dos vidros do trator. A até então agradável contemplação do objeto (“Era bonito como uma jóia brilhante”, disse a um dos pesquisadores) transformou-se em terror e o campesino fugiu com toda a pressa ao povoado. O OVNI havia se aproximado até três metros do tratorista.

O vidro do trator, de 20x40 centímetros, estava fraturado e atravessado por um orifício de 0,6 centímetros, muito menor que o que produziria o disparo da mais pequena das balas convencionais.

A partir da observação, os familiares da testemunha notaram nele uma mudança de caráter; estava inquieto, preocupado, perdeu o interesse no trabalho e lhe assustava voltar ao lugar dos eventos. Da mesma forma, manifestava sintomas de perda de visão e audição. Tanto que mais adiante lhe foi concedida baixa por enfermidade.

O epílogo deste caso não poderia ser mais triste. Sabemos graças ao investigador J.T. Ramírez y Barberó. Antes um homem são e curtido, de meia idade, Velasco sofreu graves alterações em sua saúde: perda de visão e de amplitude visual, visão dupla, surdez e hemiplegia esquerda. Três anos depois, Emiliano Velasco falecia, vítima de uma artrose cervical complicada com um tumor cerebral progressivo, segundo diz o atestado de óbito. Sua viúva, entre soluções, afirmava: “Aquilo o matou”.
©2007 '' Por Elke di Barros