24.5.09

O CASO DE FREDERICK VALENTICH - 1978




Este incidente ocorreu sobre o Estreito de Bass, na Austrália, no dia 21 de outubro de 1978, e envolveu o piloto civil Frederick Valentich. Frederick era um piloto experiente que havia realizado dezenas de viagens aéreas entre Victoria e a Ilha de King (Austrália) com seu avião Cessna 182-L, e já havia acumulado uma quantidade significativa de horas de vôo, tanto noturnas quanto diurnas.

Frederick Valentich planejou o seu vôo antecipadamente e programou passar sobre o Cabo Otway, para atingir o Estreito de Bass. Seu avião deixou o aeroporto de Moorabbin precisamente às 18:19 horas, sendo que o vôo todo, na ida, não tomaria mais que 90
minutos e a chegada estava prevista para às 19:50 horas. Quando decolou, ainda faltavam cerca de 30 minutos para o pôr do sol.

Quando passava sobre o Cabo Otway, Valentich comunicou-se com a torre de controle aéreo, por volta das 19:00 horas, informando que se encontrava à cerca de 4.500 pés de altura, sobre o mar. Nesta ocasião, as condições de tempo estavam perfeitas, com ventos bem suaves, ar morno e céu sem qualquer nuvem.
Já ingressando no escuro da noite, às 19:06 horas, Frederick contatou a torre de controle, com a voz calma e sem demonstrar qualquer distúrbio, perguntando ao controlador em operações sobre estranhas luzes que estava observando a alguns quilômetros a sua frente. O controlador respondeu desconhecer do que se tratavam tais luzes e os dois mantiveram então uma conversa enquanto que, em poucos minutos, Frederick Valentich desaparecia sem qualquer vestígio. Buscas realizadas na área não localizaram o avião e nem o piloto. Toda a conversa está gravada em 53 minutos de fita em poder do Departamento de Transportes da Austrália (DOT).

A fita, após muita insistência da família do piloto desaparecido e da imprensa mundial, foi liberada com ligeiros cortes. Segue abaixo a transcrição traduzida da conversa entre Frederick Valentich e o controlador de vôo:


FREDERICK – Melbourne, aqui é Delta Sierra Juliete. Há algum tráfego abaixo de mim a 5 mil?

CONTROLE – Delta Sierra Juliete, não há nenhum tráfego conhecido.

FREDERICK – Delta Sierra Juliete, parece ser uma grande aeronave abaixo de mim 5 mil.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete, que tipo de aeronave é essa?

FREDERICK – Delta Sierra Juliete, aqui. Eu não posso precisar. Apresenta 4 luzes. É como as luzes de pouso de uma enorme aeronave.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete.

FREDERICK – Melbourne, aqui Delta Sierra Juliete. A aeronave acaba de passar sobre mim a pelo menos mil pés.



CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". E é uma grande aeronave? Confirme.
FREDERICK – Desconheço devido à sua velocidade. Existe alguma aeronave da Força Aérea nas vizinhanças?

CONTROLE – Delta Sierra Juliete. Não há nenhum tráfego nas vizinhanças.

FREDERICK – Melbourne, está se aproximando agora, vindo do leste na minha direção.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete.

FREDERICK – (microfone se abre por dois segundo e volta a se fechar em torno de seis a sete segundos) Delta Sierra Juliete, aqui. Me parece que a coisa está jogando algum tipo de jogo. Está voando duas ou três vezes a velocidade que eu não posso identificar.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". Qual o seu nível atual?
FREDERICK – Meu nível atual é 4,5 mil; 4,5,0,0.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete. E você confirma que não pode identificar a aeronave?

FREDERICK – Afirmativo.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". Aguarde.

FREDERICK – Melbourne, aqui Delta Sierra Juliete. Aquilo não é uma aeronave; aquilo está...(microfone se mantêm aberto por 2 segundos e fecha)

CONTROLE – Delta Sierra Juliete, você pode descrever a aeronave?

FREDERICK – Delta Sierra Juliete, aqui. Quando passa, parece ser enorme, comprido...(microfone aberto por mais 3 segundos)...não posso identificar mais que... aquilo é muito rápido...(microfone aberto por mais 3 segundos)...está bem na minha frente agora, Melbourne.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". Me informe qual o tamanho que o objeto pode ter.

FREDERICK – Delta Sierra Juliete, Melbourne. Parece que está estacionário. O que eu estou fazendo bem agora é orbitar, e a coisa está orbitando sobre mim também; a coisa tem luzes verdes e algum tipo de superfície metálica, pois toda ela brilha por fora.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete.

FREDERICK – Delta Sierra Juliete aqui...(microfone aberto por 5 segundos)...a coisa simplesmente desapareceu.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete.

FREDERICK – Melbourne, vocês saberiam informar que tipo de aeronave é aquela? Seria uma nave militar?

CONTROLE – Delta Sierra Juliete. Confirme que a aeronave desapareceu.

FREDERICK – Repita por favor...

CONTROLE – Delta Sierra Juliete, a aeronave ainda está aí com você?

FREDERICK – Delta Sierra Juliete. Está...oh...não...(microfone aberto mais 2 segundos). Está agora se aproximando, vindo de sudoeste.

CONTROLE – Delta Sierra Juliete.

FREDERICK – Delta Sierra Juliete, aqui. O aparelho é muito estranho...agora eu o tenho a 23 ou 24...e a coisa está...

CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". Quais são as suas atitudes agora?

FREDERICK – Minha atitude agora é para a Ilha King, Melbourne... aguarde... a estranha aeronave está sobrevoando-me agora, bem acima, novamente... (microfone aberto por 2 segundos)... está acima de mim e não é uma aeronave...

CONTROLE – Delta Sierra Juliete.

FREDERICK – Delta Sierra Juliete, Melbourne... (fim das comunicações após 17 segundos de ruídos metálicos de origem desconhecida).

Apesar dos esforços não se encontrou nenhum destroço sequer de uma possível queda – era como se o avião e o capitão simplesmente tivessem sido desintegrados em pleno vôo. Até hoje o incidente envolvendo Frederick Valentich não tem uma explicação racional e, pelo conteúdo de sua comunicação com a Torre de Controle, há grandes indícios que Valentich tenha encontrado um UFO durante seu vôo.

Reinaldo Stabolito é ufólogo e Coordenador Geral do INFA
©2007 '' Por Elke di Barros